poleto
(usa Ubuntu)
Enviado em 15/02/2008 - 10:22h
Usei o Gentoo por uns dois anos mais ou menos. Tive uma excelente experiência com ele, super estável.
O inconveniente, como dizem, é a instalação. Na época que instalei, existiam 3 estágios para instalação:
- Stage 1: Você precisava compilar tudo, incluindo ls, cp, etc. Essa era a mais complicada.
- Stage 2: Não lembro
- Stage 3: já vinha com diversos pacotes pré-compilados, de forma que se fazia necessário somente compilar aplicativos extra com o X.org, etc.
Fiz a instalação usando o stage 3. A instalação do sistema base foi bem rápida, levou apenas algumas horas. O grande problema foi quando comecei a compilar o X.org, Gnome, e outros. No total, meu sistema levou cerca de 5 dias para estar totalmente funcional (só a compilação do Gnome e do X.org levaram, juntas, cerca de 20hs). Após isso, entretanto, nunca mais precisei repetir o processo. As atualizações eram fáceis e tranquilas, e o sistema rodava redondo. Hoje, porém, existe um live cd e um instalador gráfico, o que acaba com a tormenta de construir o seu sistema na unha (fato que é interessante para quem quer entender como funciona o linux por debaixo dos panos).
Bom, minha conclusão ao usar o Gentoo após esses anos: compilar os softwares não faz muita diferença em termos de performance. A grande vantagem do Gentoo, ao meu ver, é a variável $USE, aonde você define o que o software sendo compilado vai ter suporte (o que poupou muito espaço em meu HD). Além disso, o sistema de gerenciamento de pacotes, o portage, é um dos mais eficientes que já vi. Ah, e isso associado ao fato de que o Gentoo não é exatamente uma distribuição, é uma meta-distribuição. Nada de softwares personalizados, logos personalizados, etc. Você escolhe o que instalar e pronto.
Minha opinião pessoal: o Gentoo é uma excelente distro para quem conhecer a fundo o funcionamento do Linux. Para um usuário doméstico, entretanto, eu não aconselho.