Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 19/10/2012 - 18:46h
O grande inconveniente das distros "menos comedoras de memória" é que aqui no Brasil se pretende fazer de conta que somos de um utópico e primeiríssimo mundo, o qual ainda nem sequer existe.
Aqui "forçamos a barra" para que - para fazer rigorosamente as mesmas coisas que fazíamos há 10 anos atrás - tenhamos que ter clocks vertiginosos, memórias fabulosamente altas, video 3D e internet banda larga de altíssima velocidade, e plugins para isso, aquilo e aquilo outro.
Kurumin 7.0 atenderia perfeitamente aos requisitos de "ser brasileira" e "rodar com pouca memória" (executa bem a partir de 198MB RAM), porém quando chega na parte prática - a da utilização no dia a dia - nota-se que falta o plugin do Flash, a versão mais atualizada do browser, o suporte a tecnologia tal, falta isso, falta aquilo...
Não dá para fazer home banking, não dá para ter skype, etc. Provavelmente nossa webcam não funcione.
É como pretender rodar o Windows 3.11 ou o 95 nos dias atuais.
Simplesmente não funciona. Tem o problema da versão do kernel.
USB por exemplo, somente é bem suportado em versões mais recentes que a 2.4.x
Dentro de pouco tempo, não dará para rodar nenhuma distro com um mínimo de 512MB RAM, porque o repertório de requisitos externos ao SO é muito grande e aumenta a cada dia.
Basic Linux é um caso à parte: Roda a partir de 12MB RAM com apenas 1MB de memória de video e cabe em dois disquetes de 1,44.
Porém implementar o idioma Português e o teclado ABNT2 dá tanto trabalho, exige tanto espaço e processamento, que simplesmente não vale a pena o esforço.
Não existe no Basic Linux nenhum software "de produção" para o nosso idioma.
O kernel é muito antigo (2.2.x) e a biblioteca libc5 é do tempo em que ainda se estava cogitando em fazer o rascunho dos primeiros dinossauros...
Eu consideraria que o mínimo "honesto" para rodar a maioria das distros atuais (outubro de 2012) seja de 1GB RAM.
E tem que ter banda larga, senão a coisa pega.
Em se tratando de distros pequenas, podemos afirmar que "rodar" até que rodam. O problema é que não são funcionais.