celioishikawa
(usa Ubuntu)
Enviado em 03/08/2008 - 11:25h
Vamos pensar também nos outros.
Um colega disse sobre o BSD ser do futuro. Mac usa partes do FreeBSD, aquela parte do FreeBSD continua free, mas o Mac não (eis uma diferença entre licenças free, o linux é GPL).
Quer dizer, o Mac respeita a licença FreeBSD mas rejeita a filosofia do GPL de manter as coisas abertas. Mas provavelmente os engenheiros do Mac tão ajudando a aperfeiçoar aqueles pedaços do freeBSD, então a comunidade ganha, mesmo que não usem a interface gráfica da Maçã.
Talvez possamos dizer que Mac ajuda a difundir o BSD apesar dos pesares.
Se for assim, o Kurumin também ajudou a difundir o Debian, eis o retorno, mesmo que não tenha conseguido (ou tentado) incluir coisas na árvore do Debian, como Israel fala. E como Debian tem a fama de pureza (ainda que não tanto quanto Slack), seria difícil mesmo incluir coisa lá (Ubuntu conseguiu? aí não sei...).
Mas às vezes a coisa tem de avançar assim, imagina se Mac tentasse incluir coisas no pacote do freeBSD, não ia dar em nada! (não preciso dizer, mas se fosse com linux, que obrigaria o Mac a aceitar GPL, aí não sairia nada mesmo! OBS: Não estou defendendo Mac rejeitar o GPL, mas vejam que de certa forma essa história entre na história do SL)
Outro caso: Meu 1° linux, kernel 2.2, foi CorelLinux (encarte da Revista do Linux- alguém lembra dessa publicação?), se não fosse ela (e as revistas oferecendo linux nas bancas), não teria entrado nos linux. Na época a Corel tava brigando com a Microsoft, e pensava em portar seu pacote de escritório e de gráficos (CorelDraw) para linux. (estratégia: microsoft venderia o SO por uns 500 e pacote office por 500, Corel venderia seu pacote por uns 500 mas já vindo com SO). A Corel descontinuou a idéia depois de amedrontar a Microsoft, quer dizer, era estratégia de empresas proprietárias, mas eu por exemplo me beneficiei dela.
O CorelLinux aliás era bem curioso: baseado no debian (numa época de Suse, Conectiva, Mandrake e outros baseados em RedHat), tinha instalação gráfica (o também gráfico Yast2 do Suse era mais confuso) e seu Lilo (não existia Grub naquela época) detectava windows (como o grub e lilo modernos) e incluía num menu colorido no MBR (o que até hoje é raro, muita gente pergunta sobre como incluir figuras no menu do grub), no menu tinha o memtest (opção que os Lilo não costumam incluir), e quando iniciado entrava direto na interface gráfica (talvez menos de 50%, mas para muitos linux da época o normal era ter de digitar 'startx') quer dizer, oferecia coisas visionárias em 2001, detalhes assim que me volataram à memória testando o Ubuntu de 2006! (a Microsoft deve ter tremido nas pernas, ainda que os pacotes da Corel também fossem fechados e caríssimos - e no mundo SL naquela época ainda não existiam OpenOffice e Inkspace. Gimp ainda tava na versão 1.0)
Comparando com essas histórias, Kurumin desde o começo teve compromisso com SL, ainda que não tenha contribuído na árvore do Debian. A equipe do Kurumin contribuiu e muito, não fez algo fechado/proprietário baseado numa livre (como a Apple e a equipe do Linspire), nem fez jogo apenas para amedrontar a microsoft (como a Corel, IBM, etc).
Espero que Dizinha baseado no kurumin continue. Foi uma pena do Kurumin, e pode ser que ficou meio perdida nos propósitos, mas me parecia melhor que os propósitos do CentOs e Freespire, que o propósito é ser uma versão caçula de RedHat e Linspire (ou seja, que não ultrapassará os irmãoes maiores corporativos). Aliás Linspire era antes Lindows...