Bill Gates tem dinheiro suficiente para comprar o Facebook

nicolo
(usa Ubuntu)

Enviado em 27/07/2013 - 10:21h

A culpa é do sistema educacional.
MAS QUEM É O SISTEMA EDUCACIONAL?


Metade dos diplomas universitários nacionais é de DIREITO E ADMINISTRAÇÃO.

A outra metade se divide entre as demais profissões.


A desistência em cursos de engenharia chega a 50% em algumas escolas, sabem porque?

Porque é obrigatório Cálculo Integral de diferencial I, II, III e IV.
Física I, II,III e IV, além de laboratório de física, estatísticas, e outras coisas que derretem a cuca, além de ser chato pacas!

Além disso a probabilidade de alguém ficar rico como engenheiro, ou químido, ou físico, ou geólogo, ou biólogo, ou botânico, é matematicamente mais baixa que ganhar a mega-sena.

Nada é romântico, não há maneira "lúdica" de aprender tecnologia, é coisa para adultos que tem senso de responsabilidade e obstinação. Requer-se 10 anos de aprendizado e mais trabalho ainda. É chato e funde a cuca.

A tecnologia vem do estudo das "ciências naturais" biologias diversas, geo, física, química, medicina, enfermagem, engenharia, matemática, computação, físico-logia diversas, botânica, etc, etc. No Brasil uma minoria estuda isso, e tudo mais.

Somente 10% da garotada entre 18 e 24 anos está matriculada em algum (qualquer um) curso de terceiro grau no Brasil. En Mexico são 20%, en España 58% , e nem vou contar Alemanha EUA etc.

O brasileiro fala em educação da boca pra fora, ainda não enfiou na cabeça que estudar é ralar na ostra, por muito tempo, e não procurar maneiras "lúdicas" de mentir para si mesmo.

ianclever
(usa Arch Linux)

Enviado em 27/07/2013 - 11:25h

seria muito bom se tivesse esse tipo de ensino na rede pública, estou agora cursando ciências da computação, se tivesse vendo as matérias que vejo hoje, na escola, eu teria, prestado mais atenção quando o professor me falava sobre as matrizes e vetores, você vê um sentido na matemática, porque a matemática sozinha, sem um direcionamento é chato pra [*****], hoje eu sei que o conceito de matrizes pode ser usado para armazenar dados de várias pessoas de forma organizada(o falado banco de dados), para quem gosta de medicina fala:
-A mas eu so preciso de biologia e quimica...
Engano seu, se os medicos aliassem o conhecimento tecnico deles a informatica, o avanço dos equipamentos médicos, seriam muito mais rápidos...
Em fim tem vários outros exemplos...

pinduvoz
(usa Debian)

Enviado em 27/07/2013 - 11:42h

O problema não é só a matemática. É também o português. Vejo pessoas com 3º grau completo cometendo gafes terríveis, como "isso tem tudo haver" ou "não casou-se". É um verdadeiro "estrupo" (outro erro comum) da nossa língua.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 27/07/2013 - 12:25h

Tenho que faze uma recramassão a nive de queixa:
Isso não é nem a terça-metade (???) do pobrema.

Eu me lembro que antigamente, os tais prevestibulares, hoje imprescindíveis, eram opcionais.
Quem fizesse um bom "Ginásio" ou um bom "Científico" conseguia passar nos rigorosos exames das melhores Faculdades sem nenhuma dificuldade.

Hoje, é muito comum vermos
- Advogados já com alguma prática redigindo "petissões", chamando o Juiz de "Excelência" ou de "Meretíssimo", e fazendo petições ainda na base do control-c + control-v
- Jornalistas dando mancadas homéricas, tanto de Português, Geografia, História.
- Bacharéis em Teologia afirmando que Paulo de Tarso teria sido um centurião romano, que nasceu em Roma ou na Sicília, etc.

nicolo
(usa Ubuntu)

Enviado em 27/07/2013 - 17:25h

Está aí uma pista: Quem fizesse um bom ginásio ou Científico não precisaria de "cursinho". Um certo médico entrou para a faculdade em 1943 (Na Universidade do Brasil), advindo da escola pública, mas fez um cursinho de 3 meses. De lá para cá a demanda só aumentou, e os cursinhos ainda salvam a Pátria.

Vejamos: SOMENTE OS 20% dos alunos de topo da escola privada atingem a média dos alunos do primeiro mundo ao término do segundo grau.
Isso mesmo, nossos alunos TOP, não passam da média do primeiro mundo.
A PERGUNTA É: Porque os outros 80% da escola privada são ruins, já que são a "elite"?
RESPOSTA: Não faltou oportunidade, faltou coragem, faltou dedicação e vontade de ganhar, digo, vontade de aprender.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 27/07/2013 - 17:48h

Nicolo, a educação brasileira está precária de um modo geral. Não só a pública.

Mas se a coisa está ruim na escola privada, imagina na publica!

Não acho necessário entrarmos em uma guerra de classes (ricos x pobres), mas a verdade é que a cultura do brasileiro (seja pobre ou rico) não é a de estudar e de buscar inovações.

O jeitinho e a criatividade brasileira são coisas que mídia prega, pra conquistar a simpatia das massas, só isso.

O segredo está sim, na educação, na promoção de oportunidades e no incentivo à aprendizagem.

Temos aqui um problema cultural, que não tem nenhuma solução viável, a não ser através da educação de qualidade.

Podemos jogar a responsabilidade nas costas de cada um, ou podemos ao menos tentar fazer algo que faça a diferença. Teremos sucesso? Não sei, ninguém sabe. Mas se não tentarmos, a situação continuará como está, ou cada vez pior.

Abs

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 27/07/2013 - 18:41h

Gostaria de chamar à atenção dos colegas para o nosso querido ministro Joaquim Barbosa, que como sabemos é Negro, vindo de uma região pobre de Minas Gerais, cujo pai era pedreiro de profissão e que não teve nenhuma forma de privilégios que muitos de nossos jovens têm hoje em dia e que, mesmo com um diploma de terceiro grau, não conseguem dizer a que vieram.

Ora, sabemos que nosso Joaquim não ingressou na Faculdade através de cotas;
Que não tinha dinheiro para bancar o esquema "pague-e-passe";
Que ele fez a temida prova da OAB e foi aprovado;
Que nunca sofreu da "síndrome do coitadinho" (*), e jamais foi apoiado por alguém em especial.
Pois esse homem, a exemplo de tantos outros Pobres e/ou Negros conhecidos
(Nilo Peçanha, Carlos Gomes, Pixinguinha, José do Patrocínio, Padre José Maurício, Juscelino Kubitschek, Pelé e outros), conseguiu vencer todas as barreiras e hoje é reconhecidamente uma das pessoas mais influentes de todo o mundo.

Vejam bem: Nos tempos do nosso Joaquim, suas chances eram bem menores do que seriam hoje para um jovem em igualdade de condições.
E até depois de formado, a luta continuou: Ele era apenas um bacharel em direito, com o então agravante de ser negro, e que deveria agora, ainda em inferioridade de condições, vender sua imagem para o mercado de trabalho.
A "embalagem externa" do que ele tinha a vender era fraca, portanto o conteúdo deveria ser de qualidade superior. Buscou portanto o Doutorado, coisa que bacharéis em direito, hoje em dia, não mais se dão ao trabalho de buscar.
Podemos dizer que hoje há maior número de chances, mas o aproveitamento tem sido infinitamente menor.
A qualidade dos degraus da escada que levam alguém ao terceiro grau tem piorado consideravelmente, e o resultado da obtenção desse "terceiro grau" tem sido cada vez menos satisfatório.

---

(*) A equação "negro + pobre + numa cidade grande + totalmente desamparado" pode resultar em "coitadinho", mas pode também resultar em "vitorioso".
A diferença está entre "deixar como está e se lamentar" e "enfrentar e vencer".

Um "soldado de elite" veste a farda de gala e se mostra ao público bem limpinho, bem passado, com botas e metais reluzentes, e armas limpas.
Mas no seu dia a dia usou aquela farda de instrução feiosa, rastejou na lama, arranhou no arame, etc.
E na guerra andou sujo de fuligem, lama, lodo, sangue, fedendo a tudo que se pode imaginar, com fome, sede, sono e saudade do lar.
Mas se não fizesse tudo aquilo quando lhe foi exigido, não haveria uma razão para alguém usar uma farda de gala depois disso.

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 29/07/2013 - 11:38h

O trocadilho é inevitável:
Pegaram a educação pública e jogaram na privada...