SamL
(usa XUbuntu)
Enviado em 25/11/2021 - 23:37h
Bruuh escreveu:
SamL escreveu:
Já reparam no seguinte: que viemos todos, todos é todos mesmo, do mesmo ponto?
Não importa se você é ateu, se é católico, budista, umbandista, e outros istas, incluindo satanistas.
Nós viemos do mesmo lugar, então, basicamente somos a mesma pessoa.
Disso eu discordo.
Considere as linguagens de programação. Há muitas, não? Java, python, C, C++, C#, CSS, Kotlin, Bash, Javascript, PHP, assembly, etc, etc. Mas todas passam por um compilador e se tornam, no fim das contas, o que eram desde o início: 0's e 1's.
Mas, a não ser que um dev preguiçoso tenha feito Ctrl + c, Ctrl + v no código de outra pessoa, são sequências totalmente diferentes entre si de 0's e 1's. Fazem coisas diferentes, funcionam de formas diferentes, tem bugs diferentes.
Somos do mesmo material( átomos? Almas? Tanto faz no que você acredita.), mas não somos as mesmas pessoas. Cada um possui um DNA único, impressões digitais únicas e uma atividade cerebral única (por mais que hajam comunidades que partilhem de uma mesma ideia, os impulsos elétricos de cada um dessa comunidade simplesmente não se reproduzem em mais ninguém).
A noção de que somos todos iguais é uma falácia
Não foi minha intenção parecer que "somos a mesma pessoa". Na realidade eu nem disse que somos iguais. O que estou dizendo é que, essencialmente, somos a mesma entidade vivendo experiências diferentes. Isso não faz eu ser você que está ai lendo meu comentário, não no mesmo lugar e espaço.
Vamos voltar ao ponto, ou melhor: pegue ai o Universo atual com quase 18 bilhões de anos.
Agora, imagine que tudo que aconteceu no universo tivesse sido gravado num DVD (coisa de velho rsrsrs), ou um filme, pronto, imagine que você está assistindo no youtube tudo o que aconteceu Universo até hoje 25/11/2021.
Certo, dito isso, agora vá voltando pro ínicio do vídeo. Continue voltando, passe pela última era glacial, passe pelo meteoro que matou os dinossauros, passe pelo primeiro proto-mamífero, passe pela primeira célula da terra, passe pela formação do nosso sistema solar e continue até o segundo 00 e pause o vídeo no perfeito "zero zero absoluto".
Pronto, o que você consegue supor a partir do segundo 0?
O que era tudo aquilo que você viu lá na frente?
Eu te digo: tudo aquilo é apenas um único ponto, tudo junto sendo a mesma "singularidade". Sem forma, sem cheiro, sem passado ou presente, mas que pode ter um futuro.
Certo, agora dê play no vídeo, o que você vê?
Você vê algo vivo, simplesmente o primeiro toque foi dado por você, sim, você mesmo meu caro amigo, você deu o ponta-pé inicial no universo.
O que isso significa?
Que você está no papel do próprio Deus nesse momentto, se você não existisse assistindo o youtube, nunca ninguém daria play no vídeo Universo.
Sem esse clique inicial no play, não poderia existir mais nada e você pode perguntar: quando e quem deu o primeiro clique?
Eu digo: o primeiro clique podemos nunca conhecer de verdade, SEM estar no seu lugar, ou melhor, sem estar no mommento decisivo entre o "clicar play" ou "não clicar play"? Eis a questão universal.
E se de repente você decide "não clicar play"? O que poderá acontecer?
A resposta é bem simples: tudo aquilo que você viu lá na frente do segundo 0, nada daquilo aconteceu de verdade, nada mesmo.
Então, como você existe sendo que pode decidir clicar no play ou não?
Por que motivos você clicaria no play?
Por que motivos você me condenaria ao inferno pra sofrer eternamente? Já que é você o culpado por dar play no vídeo e não eu?
Se você pode iniciar o play, por que você me julgaria por isso? [2] Já que é você o culpado por dar play no vídeo e não eu?
Se é você que clica no play, por que então eu seria diferente de você?
Se eu fosse diferente de você haveria duas entidades existindo, logo, haveria conflito em quem decide clicar no play.
Se só existe você, onde eu estou se não em você próprio? Ou melhor, após o segundo 0?
O que acontece se você não clica no play?
Simplesmente você estará negando sua própria existência, já que você é único, o único que pode clicar play ou não.
Dito isso, é impossível você não dar play nesse vídeo!
Você sempre escolherá dar play no vídeo, simplesmente porque não aguenta a curiosidade pra ver o que acontece depois do segundo 0.
É esse o motivo de não existir o nada, porque você quer ver o que acontece depois do play.
Se o nada existisse, então, em algum momento, você nunca clicou no play.
Você aguentaria a "solidão"? Ou arriscaria tudo pra experimentar uma nova versão sua nascer depois do play?
O que isso significa na prática?
Eu sou você, você é outra versão de mim e eu sou outra versão de você.
Mas no final das contas, somos a mesma entidade vivendo experiências diferentes.
Ou melhor, somos simplesmente o que se conhece como Deus, força maior, força criadora, etc.
Ah sim, tem isso das versões diferentes. Há o GIMP, que pode ser levado como uma versão open source do Photoshop.
Mas o que é uma versão? Algo parecido? Parecido em que grau? Eu poderia dizer que o vivaolinux é uma versão do xvideos, simplesmente porque ambos são sites, tem comunidades e postagens. Já são 3 semelhanças. Até que ponto algo é diferente e/ou inovador? Bacon é uma versão de comida, ou o porco é uma versão de vida?
Simplesmente não parece haver como consumar uma nova unidade de medida para avaliar o quanto algo é uma versão ou original.
Repito, eu não estava falando de igualdade, tipo, 1 para 1. Fosse assim, todos teriam o mesmo corpo, não haveria motivos para existir feminino nem masculino.
O que eu estou falando é, na essência, na essência, na essência (pra ficar melhor).
Um dia, tudo era um, tanto no "big bang" ou no "que aja luz!". Tudo era a mesma coisa.
Então, o que te faz pensar que mudou algo daquele ponto?
Apenas aparência física? Falta de semelhancia entre dois objetos de aparência diferentes?
O que são essas diferenças, se não apenas, experimentações de uma mesma coisa?
Exemplo: chocolate branco e chocolate marrom, são o mesmo chocolate.
Remova o seu paladar e então, como vai diferenciar um do outro? Pelo cheiro? Apenas pela aparência?
Então, o que vocẽ se baseia para diferencia A de B é apenas pelos seus próprios sentidos.
Sendo assim, e se você não puder cheirar, degustar nem ver? Como vai diferenciar agora se não pelo ouvido ou pelo tato?
Já sentiu que o tato de uma barra de chocolate branco é SEGURAMENTE, diferente de uma marrom?
Ou pelo som é mais confiável?
Você sou eu, eu sou você, viemos do mesmo ponto, seja o big bang, seja o " que haja luz!", ou seja aquelas duas pessoas que se escontram um dia e cruzaram pra te fazer, ou seria me fazer?
Jogue duas bombas atômicas, uma em cada país, cada um dos países está em guerra um com o outro. Agora tente dizer que ambos são/se tornaram a mesma coisa (talvez "pobres" vítimas de um acidente, talvez "seres inferiores a você, que jogou a bomba", se o seu ego for grande -o que não é de forma nenhuma um problema[ao menos não para você]) para o povo.
Os países se odeiam, se odeiam muito. Não admitem ser postos no mesmo saco que o outro, dessa forma, surgem vários grupos, cada um dizendo que é uma coisa ou outra -isso em virtude de uma mesma causa.
Eles continuam a mesma coisa. Não importa o que façam, são a mesma coisa.
Nesse ponto dos dois países eu gostaria de mostrar uma tirinha que inventei hoje mas não desenhei ainda.
Mas fique com o que escrevi mais ou menos isso:
Um pai está jantando com sua família e então ele ensina ao filho:
Notícia na TV: homem mata outro por conta de política...
Pai: --filho, matar pessoas é errado. Isso é ser mau!
Ele diz isso enquanto come uma coxa de frango.
Então, ali na janela estava o senhor galo ensinando pro seu filho pintonson júnior:
Senhor galo: --viu filho? Comer frango é errado! Isso é ser mau!
Senhor galo: --tome aqui meu filho, coma esta suculenta lagarta.
E agora, o que é ser mau de verdade?
Agora há a relatividade. Um grupo diz que é X, outro diz que é Y. Ambos dizem isso em virtude de uma mesma causa. São a mesma coisa? Quem decide isso? Eles teoricamente são a mesma coisa, então,
eles decidem isso? Eles discordam entre si, pois são humanos. Humanos jamais vão concordar 100% em algo, pois suas transmissões neurais são únicas, e as experiências que inconsciente e acidentalmente levaram essas transmissões a ocorrer também são únicas.
"A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido."
Volte ao momento de decidir clicar no play ou não, onde está a relatividade se não existe universo?
Eu digo onde tudo está, está no tempo > 0 segundo, abaixo ou igual a zero, não dá pra dizer com segurança, sem ser o cara que clioca em play.
Então, tecnicamente, está tudo no cara do play, ou seja, você mesmo.
NOTA; só pra evitar algum caos aqui. Eu tô de boas com as respostas de vocês, mesmo que não concordem comigo, mas se me xingar eu xingo de volta rsrsrs