Buckminster
(usa Debian)
Enviado em 25/09/2021 - 22:08h
No momento minha missão de vida é pagar uma dívida de gratidão respondendo perguntas aqui no VOL de acordo com minhas habilidades e conhecimentos.
Até quando vai essa dívida?
Não sei. Pode durar uns dias, um ano... o resto da vida.
Depende de quando mudar minha Emoção em relação a isso.
Aí a trama se complica: não sabemos quando a Emoção mudará.
E por Emoção entenda-se a gama de vontades, desejos, sentimentos e emoções em si.
Aquela coisa de Razão e Emoção em Filosofia.
Aquele equilíbrio entre Razão e Emoção onde Razão é a inteligência, o raciocínio, as habilidades, os conhecimentos, etc.
E Emoção são as vontades, desejos, sentimentos, sensações e emoções em si.
A "Temperança" de Aristóteles, o equilíbrio entre Razão e Emoção, posto que a Emoção a gente não controla, mas a Razão a gente pode controlar.
E Razão e Emoção estão imbricadas, não se sabe com certeza onde começa uma e termina outra.
Não podemos confundir Razão com raciocínio, raciocínio é a aplicação da Razão. A gente (o ser humano) raciocina para chegar à alguma conclusão e esta conclusão pode ter lógica ou não.
Caso a conclusão não tenha lógica (não faz sentido) faz-se necessário seguir no raciocínio, é automático, é natural.
Caso a conclusão tenha lógica (faz sentido) podemos encerrar o raciocínio ou seguir adiante nos aprofundando no assunto.
Mas aí entra a "mardita" Emoção que às vezes bagunça tudo e embota a Razão, não nos deixa raciocinar.
Eu mesmo, estou escrevendo aqui procurando seguir um raciocínio, mas daí entra a Emoção imbricada na Razão: "será que quem for ler isso vai gostar, vai encontrar falhas no meu raciocínio?"
Porém, a "mardita" Emoção é o que nos faz sermos humanos.
Então devemos ter um equilíbrio entre Razão e Emoção... e mais uma vez Aristóteles está certo.
Por outro lado, como Aristóteles falava, como ter esse equilíbrio, essa temperança de caráter?
Aí a "porca torce o rabo", aí não sabemos qual a nossa missão de vida e, ao mesmo tempo, temos várias missões de vida.
É aí que entra José Ortega Y Gasset, baseado em Aristóteles: "Eu sou eu e minhas circunstâncias".
As circunstâncias são os momentos da vida.
Situações e circunstâncias. Estou no trabalho, é uma situação; estou conversando com um colega de trabalho, é uma circunstância, passo a conversar com outro colega de trabalho, é outra circunstância na mesma situação. E a nossa vida é feita dessas circunstâncias e situações.
Quantas vezes não nos lembramos de um professor que tivemos lááá no ensino fundamental ou médio? Ou de um cara que encontramos uma única vez na vida e às vezes nos lembramos dele?
E será que temos uma missão de vida?
E será que precisamos ter uma missão de vida, assim completa, acabada?
Habilidades e conhecimentos podem ser adquiridos ao longo da vida.
Eu posso ter nascido um tapado completo e pelo esforço e interesse fui adquirindo habilidades e conhecimentos.
Quem sabe nossa missão de vida seja vivermos da melhor maneira possível!
Mas quem define qual a "melhor maneira possível de viver"?
De repente a vida de um não seja o teu ideal de vida e a tua vida não seja o ideal de vida do outro... e aí vamos num ciclo sem respostas ou com várias respostas que acarretam em mais perguntas ainda.
Aristóteles mesmo deixou um livro chamados "Questões" com mais de mil perguntas não respondidas ao longo da vida dele.
Assim como Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, José Ortega Y Gasset, Santo Agostinho, Avicena e inúmeros outros, eles viviam em dúvida constante; e também vivemos em dúvida constante, mas nem por isso a dúvida precisa ser um motivo de preocupação.
A nossa "missão de vida" nos remete ao "de onde viemos, para onde vamos"?
E esse "de onde viemos e para onde vamos" até hoje ninguém conseguiu responder.
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