O mercado de trabalho do século 21 e seus desafios para os profissionais de TI (ficção)

Neste artigo abordo de maneira ficcional o dilema do profissional de TI frente ao movimento de outsourcing em todos os segmentos da tecnologia.

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Por: Luciano Gomes em 31/01/2010


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Nota: Parte deste texto é uma ficção...
Linux: O mercado de trabalho do seculo 21 e seus desafios para os profissionais de TI (ficção)
Analisando um pouco da história do nosso planeta, podemos perceber que os mais fortes, por qualquer tipo de motivação, sempre prevaleceram contra os mais fracos. Na história da civilização, os impérios nascem, crescem, atingem o ápice e rumam ao fim deixando um legado de evolução e devastação.
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A questão a ser abordada neste breve pensamento é a submissão forçada. Reparem que domesticar um animal, teoricamente que não pensa e que não tem ambições e nem vontades, se torna algo muito trivial e que foi e é feito por quase todos os seres humanos (desde o cachorrinho que temos em casa, até os tigres e leões dos circos). Salvo os exageros, tal prática não é abominada. Observamos que os homens, através de seus impérios, fizeram e ainda hoje fazem a tal "domesticação" também nos seres humanos.
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Percebemos que Alexandre O Grande tinha como sua principal tática de guerra a submissão voluntária, bastando para isso o rei adversário em questão aceitar a submissão a ele, declarando Alexandre superior a si. Este é um exemplo, se tal rei não fizesse isto, Alexandre invadia e subjugava quem estivesse a sua frente. Numa história um pouco mais recente, vemos no Brasil que alguns povos, apenas por terem cor da pele diferente, foram subjugados e tratados como lixo, muito pior era seu tratamento, do que o tratamento dispensado a um cavalo à época.
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Somente tinham o direito de não ter direito... Neste mesmo período a Inglaterra iniciou um movimento de libertação, admirado por muitos. Entretanto, apesar de uma atitude ilustre, o fato "motivador" de tal altitude não estava ligado a dignidade ou preocupação com os seres humanos. Neste movimento os escravos não remunerados passam a escravos remunerados, comprovadamente, escravos remunerados produziam mais. O que o "patrão" quer, é justamente isto, produção máxima, com o mínimo de interesse com a pessoa que produz sua riqueza.
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O Brasil, pressionado, acaba cedendo. Porém já tinham trazido para o país mais de 7 milhões de escravos. É sobre a Inglaterra "pseudo" abolicionista e o nosso Brasil que quero me ater.

Tenho observado um fenômeno contemporâneo, que a tempo vem sendo delineado, mas não tenho visto nenhum escrito "real" sobre ele, e sim, "apenas propagandas". Tal fenômeno, comparando com a época da escravidão, dá dinheiro a muita gente. Na verdade, faz com que um número reduzido de pessoas fiquem cada dia mais ricas da mesma forma que os senhores de escravos ficavam naquela época.
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Tal fenômeno que chamo de "os escravos do século 21 tecnológico". Não sei quem inventou o conceito de "outsourcing" (palavra bonita, não é mesmo?), onde o conceito é entregar para uma outra empresa, dita especialista em determinado assunto, a responsabilidade sobre algo, ou algum setor de sua empresa (exemplo: empresas que prestam serviço de limpeza, historicamente também, os maiores escravagistas, mas não do século 21 tecnológico, esses são os do século 21 apenas). As empresas, hipnotizadas por milhões de consultorias, institutos de pesquisas e similares, acreditaram neste modelo e investiram pesado neste segmento. Ocorre que sempre existiu terceirização de mão de obra, mas nada se iguala ao que estamos vendo hoje.

Temos verdadeiros impérios, empresas que nasceram do dia para a noite, não produzem nada, não têm um produto, ou seja, são "consultorias especializadas" em terceirização de mão de obra especializada. Criaram nomes pomposos e muito bonitos, como "Fábrica de Software", "Outsourcing de Impressão" etc... Mas que na verdade personificam a maldade do empresariado brasileiro e também de alguns estrangeiros. Observo empresas como FET, sendo adquiridas pela IQ por cerca de 4 bilhões de dólares. A IQ sim tem produto, tem história, se justifica sua história e seu tamanho. A FET, possuía pessoas, o bem mais precioso deste planeta, eu disse "PESSOAS" e não analistas, gerentes de projetos e similares, eu disse "PESSOAS", seres humanos e no entanto, são tratados como "PRODUTOS".
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Tais empresas de Outsourcing estão criando fortunas subjugando "os escravos do século 21 tecnológico", apenas pagam o salário. Ainda assim, deturpando a lei, inventando uma CLT DITA FLEX, onde você é obrigado a assinar papéis fraudulentos de falsos reembolsos e se você se recusar a assinar, fica sem o seu salário no final do Mês! A pergunta que se faz é, "ONDE IREMOS PARAR ?!" isso ocorre com maior ênfase no meio tecnológico.

Para se estar no meio tecnológico, se faz necessário estar sempre estudando e atento as mudanças e tendências e ainda assim os profissionais têm sido obrigados a conviver com essa pouca vergonha, sindicatos comprados, falidos moralmente, nossa profissão desregulamentada propositadamente (afinal, hoje tem de tudo no meio da tecnologia, advogado, historiador, farmacêutico etc). Sobre a falta de regulamentação da profissão, imagina, você está em uma mesa para operar o olho, chega uma pessoa que você nunca viu, e você pergunta pra ele: "Doutor, o senhor é o médico?", ele responde: "na verdade eu comprei uma revista sobre oftalmologia e como sou autodidata, aprendi tudo sozinho"... Tenho certeza que você se levantaria, mas hoje no meio tecnológico, o que mais temos são profissionais de outras áreas atuando como profissional de tecnologia. Porque vocês acham que a profissão não foi regulamentada ainda? Porque com ela regulamentada, esse mercado prostituído, ficaria um pouco menos pior, teríamos um teto mínimo, e ao menos um órgão regulamentador (vejam o exemplo CREA, e quão unidos são os engenheiros) que oficializaria nossa profissão, mas eles, os senhores feudais do século 21 tecnológico não querem, e eles possuem braços em todos os níveis das hierarquias do poder.
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Assim como ocorria com os trabalhadores que no inicio da revolução industrial morriam sob suas máquinas satisfeitos, lembrando que outrora eram escravos,
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assim está acontecendo nos dias de hoje, com o medo do desemprego, aceitamos condições sub-humanas de trabalho, onde somos usados de todas as maneiras, em função do bem dos acionistas e donos de consultorias de fachada, quando na verdade, deveriam se chamar companhias escravagistas S.A.

Convido-os a brevemente conhecerem um novo movimento dos sem... dos sem nada...
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Deixo uma pergunta no ar, aos nobres leitores ... Qual sera o final desta historia ?
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Qualquer semelhança com a realidade, terá sido mera coincidência...

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por removido em 31/01/2010 - 14:39h

na questão que vc disse do medico, eh assim com empressas gigantes

um parente distante meu trabalha na IBM, e lah soh entra quem tem curso tecnologico de nivel superior, claro que ingles tbm, e tbm ta vindo uma lei "nao sei se ja está em pratica" que agr somente os formados podem assinar projetos, msm se o cara ja trabalha na area a mais de 10 anos, agr soh formados

nesse mundo, mais nasce gente do morre, e muita gente pensa, tecnologia eh o futuro e da dinheiro, ai está indo todo mundo para os cursos tecnologicos, assim ficando cada vez mais concorrido as vagas de trabalho, assim que alguem consegue tal emprego, pelo medo de ser despedido acaba fazendo mais oq deve, o tal 'mocinho da informatica'

ja passei por isso e sei como é

MUITO BOM O ARTIGO

[2] Comentário enviado por mbmaciel em 31/01/2010 - 17:11h

Existe um projeto que regulamenta o profissional de TI sim.

http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/Detalhes.asp?p_cod_mate=82918

Mas parece que ainda pode ser vetado!


[3] Comentário enviado por juniomundo em 31/01/2010 - 23:21h

Interessante, muito bem!

Paz e saúde para ti...

[4] Comentário enviado por Lúnix:) em 01/02/2010 - 11:38h

Tudo bem, Luciano?

Desde Ninrode, o fundador e rei do primeiro império a existir na face da terra, que temos a dupla sertaneja Dominado e Dominante. Todas as coisas mais abomináveis e sórdidas feita a humanos foram promovidas sempre por pequenos grupos: entidades filosóficas ocultas , clérigos ( Não raro Papas abençoavam um lado ou simplesmente se omitiam, exemplo das duas grandes guerras mundiais), exércitos de um homem só, oligarquias que se mantiveram a custo de muito sangue inocente e como não há nada de novo debaixo do sol. Temos hoje a odisseia da globalização com todas as suas gloriosas injustiças, a qual muitos por ignorância ou não aplaudem e dizem o quanto isso cria novas possibilidades de mercado e dão uma falsa sensação de que estamos nadando em direção a esse mar chamado de “Primeiro Mundo”.

Há uma determinada empresa de telecomunicação que é a quarta maior empresa do ramo no mundo aqui no Brasil, que molda a mente das pessoas a celebrarem o “Pais do Carnaval”, o “Pais do futebol”, o “País do BBB” (há dez anos no ar com altíssimos índices de audiência e muitos assistem com a desculpa de que aquilo representa a realidade. Realidade de quem?) Você certamente já viu um anúncio de uma vaga no setor de TI. É tanta exigência de conhecimento que se de fato o camarada tiver todo aquele “saber”, o sujeito pode se candidatar também a uma vaga de Guru ou Druída e se falar Mandarim ou Gaulês fluente, melhor ainda. O que vou expressar pode parecer utopia ou algo fora da realidade mas a melhor maneira de avaliar um profissional seria vê-lo em ação. Dizer apenas que sabe ou apresentar diploma, isso qualquer um pode fazer, naturalmente desde que atenda as exigências mínimas. No exército de elite americano o “saber” é apenas um detalhe diante de uma situação real em que de cada dez, dois ou três de fato conseguem realizar o procedimento esperado daquela situação. Sabe programar, gerenciar ou resolver pepino? Então prove aqui nesta situação!

Haveria com isso a separação do joio e do trigo. Ou do marketeiro e daquele que realmente sabe e faz. O único contraponto que faço em relação aos seus argumentos é que mesmo diante da opressão na história da humanidade, sempre existiram pessoas que se organizaram e combateram os desmandos do poder absoluto e não raro muitos também perderam a vida em benefício de muitos. O seu artigo só é possível hoje porque lá trás pessoas tiveram que enfrentar a mordaça a base de cassetete e balas de fuzis para que a democracia reinasse no Brasil. Portanto, se quiser mudar o quadro que você retrata precisará mais que palavras para alterar essa paisagem. Não a custa de sangue ou de pancadaria, mas de promoção e organização inteligentes que faça com que a “categoria” se una e se faça ouvir.

Abs,

Lúcio M.V Silva

[5] Comentário enviado por clubelinux em 01/02/2010 - 11:40h


Nem só de linhas de codigo que vive o profissional... mas de todo contexto do mercado...

É realmente importante amadurecer aspectos de mercado e profissao no qual estamos inseridos...Parabéns pelo artigo.

[6] Comentário enviado por lucgomes em 01/02/2010 - 11:48h

Lúcio M.V Silva

Interessante seus comentários, concordo plenamente que precisamos nos posicionar de alguma maneira, mas o meu sentimento atual, é de que todas as instituições que "deveriam" nos "proteger" estão "compradas" e muito mal administradas ... Um amigo me relatou, que numa homologação o funcionário do sindicato que deveria estar ali para defendê-lo, estava pedindo emprego a empresa ... Isto é no mínimo imoral (senao for ilegal ...).

Estou feliz, o artigo está tendo a repercussão que imaginei, as pessoas estão pensando a respeito ... Acho que desta maneira, algo de bom pode acontecer ... Ah, me lembrei de Gandhi agora, o pequeno grande homem ...

Um abraço e obrigado pelos seus comentários ...

[7] Comentário enviado por rodrigocontrib em 29/06/2010 - 13:29h

Tem muita verdade ai.
Mas sabe, acredito que o mundo precisa mais de legisladores do que de Técnicos.
Por vezes me questiona sobre o que valorizei na hora de ter uma profissão:
Tempo,Dinheiro,emprego?
Acredito que muitos valorizam o emprego ao inves de tempo e dinheiro.
Existem muitas areas que precisam de pessoas e muitas areas com sobrecarga de pessoas, talvez este seja o grande problema de TI...Nunca vi um advogado estudar tanto, tantas certificações,tanto tudo para depois acabar entregando os seus conhecimentos a outros.
Tenho um colega de trabalho que é genial, estuda muito,gosta de tecnologia realmente, mas entrega a si mesmo ao empregador,sem saber que o empregador depende dele.
Caros, penso que devemos antes de procurar uma CCNA,CCNP,LPI,MCSA,MCSP procurarmos o Sebrae.
Creio que a sobrecarga de conhecimento na area de tecnologia nos faz sobrecarregar para as coisas reais.
Tudo bem que fulano ganha 20 mil reais como desenvolvedor DB, mas tambem temos costureiras ganhando 50 100 mil como donas de fabricas e ainda sim praticando a justiça com os seus colaboradores.
Talvez, devessemos usar a nossa capacidade para outras areas e deixar o osso de TI criar Carne.
O mundo tem necessidades maiores que o mercado de TI, Pessoas é o que realmente importa.
Veja o caso da america do Sul Pessoas miseráveis vivendo em paises pequenos, prontas para um empresario brasileiro, ou a africa ,faminta por empreendedores que transformem seu ouro em prosperidade.
Bixo, Acho que o que essas coisas ruins dizem é que temos que mudar.
O mercado de TI encontra-se sobrecarregado sim, mas tem muita gente precisando de pessoas empreendedoras,talvez tenhamos que assumir outro papel na sociedade.Mas como Biblicamente se é referido "Praticando sempre a Justiça".













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