lcavalheiro
(usa Slackware)
Enviado em 17/01/2013 - 19:54h
Wolnerix escreveu:
Clodoaldo, eu também estou "assistindo de camarote", pois não tenho hardware com suporte ao UEFI.
Só tem uma coisa que eu não gosto disso, é que esse "maldito" (posso dizer assim?) UEFI foi empurrado "goela-a-baixo" pela Microsoft. É tecnologia dela, é "coisa" dela. Mas porquê? Ninguém perguntou aos usuários se eles gostavam disso, ou se queriam esse UEFI.
Seria medo sobre a expansão do Linux? Ou uma tentativa de controlar o usuário, o que ele usa e deixa de usar? A desculpa da MS de que o UEFI existe para proteger o sistema e o usuário, não colou comigo. Nunca peguei um vírus de boot ou vírus de BIOS. E aposto que 98% dos usuários Windows, também não.
Isso me fez lembrar o caso do iOS, da Apple. Ela tenta controlar o usuário, impondo "limites" de uso, limitando o hardware e o software. E, cada vez mais, os usuários tentam "sair da cadeia" com o Jailbreak.
Nós precisamos de um mundo mais livre...
O Fedora seguiu o caminho do Ubuntu: dane-se o projeto GNU, o negócio é ampliar a base de usuários. Só assim se pode entender essa necessidade de incorporar o UEFI ao instalador, e a remoção da possibilidade de instalar o GRUB na própria partição (eu fiz isso por fora, mas deu uma lambança tão grande que eu tive que formatar o computador e reconfigurar o LILO às pressas).
Meus caros, isso apenas reforça uma velha conclusão minha: as pessoas não sabem o que fazer com essa tal de liberdade e voluntariamente estão a abrir mão dela. Preferem a facilidade à liberdade (duas coisas completamente incompatíveis, embora a demonstração disto não seja trivial).
Essa história do UEFI não passa disso. Não é uma iniciativa do mundo do software livre, mas algumas distribuições GNU / Linux estão incorporando esse demônio em seus núcleos. Não é questão de opinar ou participar da comunidade, já que o Fedora enfiou isso goela abaixo de seus usuários e parece estar pouco se lixando à comoção já existente contra esse tal de UEFI.
Neste ritmo, apenas as distribuições mais tradicionais (aquelas que não precisam arrebanhar novas ovelhas - ou comprar novas almas para o demônio) permanecerão fiéis ao conceito de liberdade.