Se o Linux é Melhor Pq a Maioria Usa Windows?

fhespanhol
(usa Ubuntu)

Enviado em 28/12/2009 - 15:21h

O Windows Vista e agora o Seven são fracassos de vendas e de aceitação do público. Porquê? Simplesmente porquê as pessoas querem usar o computador como uma televisão de Orkut e MSN. Ou seja só apertar botões sem nem pensar no que está fazendo. Sendo assim se você mudar a interface gráfica as pessoas simplesmente não conseguem mais usar o computador, pois já viciaram nas posições em que os ícones (que para elas são botões) estão e nos seus formatos, por isso todos dizem que Windows Vista e Windows Seven são muito difíceis e preferem continuar usando Windows XP. Conclusão: Se quem usa Windows XP não consegue usar outro Windows além deste como podemos esperar que este indivíduo use Linux? Presencio isto todos os dias. Já ví um garoto detonar 3 computadores em um dia instalando jogos com virus. Ao detonar o primeiro e não conseguir instalar o tal jogo passou para o segundo e o terceiro e foi estragando PC por PC sem nem parar para pensar porquê os PCs pararam de funcionar. Tem ainda um senhor que me pediu para ajuda-lo a montar um Blog e nunca conseguiu usa-lo, pois simplesmente não sabe o que e login, nem senha e muito menos uma barra de endereços. Quer dizer estamos neste nível.

walescko
(usa Debian)

Enviado em 28/12/2009 - 16:21h

A resposta é simples: as pessoas não gostam de mudanças.

Quando comprei o notebook, precisava colocar ele pra funcionar, pois tinha o Lipus Linux e somente em modo terminal, coloquei XPiratex sem hesitar, com o tempo deixei dual boot com o Linux Mint, mas não estava com saco de configurar o som que não estava funcionando. Troquei o Mint pelo Fedora, passei pelo mandriva e o XPiratex ali, rodando, atualizando, com antivírus e tudo o que deve se ter para "proteger" o sistema.

Um dia, resolvi remover a partição do mandriva do notebook e ficar somente com XP, resultado: deletei o Grub; acabei reinstaldo o mandriva e o xp foi pra pro beléleu com isso. Tentei ressucitá-lo, mas os problema com o finado XPiratex estavam me deixando louco; Foi nessa situação que comecei a lutar para confirgurar o audio do notebook com o mandriva 2008, mas em vão, isso era Maio de 2009; Já conhecia o linux, pois na faculdade o laboratório que os alunos podem usar as máquinas tem o Debian, por isso não fiquei intimidado com linux.

Então comecei a baixar a iso do Ubutu 9.04, mais uma distro pra testar e ver se consigo configurar o audio mais facilmente. Depois de instalado o Ubuntu, e me adimirei da facilidade durante a instalação vamos ver o áudio, isso em um espaço de 2,5GB, o voilá... audio ok!

Não pensei duas vezes, vamos agora formatar a máquina e adeux XPiratex Finado e Mandriva, só salvei minha partição de dados que precisava, instalei o Ubuntu 9.04 e funcionado legal. Com o tempo fui vendo alguns screenshots e vídeos no youtube e pensei, também quero isso, e fui pesquisando até que ao fim de 4meses deixei como eu queria o Linux.

Hoje, estou com o Debian 5.0 com distro principal, não tão firulado como o Ubuntu, mas faço quase tudo nele. Tenho instaldo o Ubuntu 9.10 e funcionando legal. Inicio desse mês troquei o meu HD, vamos instalar os SOs novamente. Hoje minha máquina tem Debian 5.0,. Ubuntu 9.10 e Mandriva 2010 free, e gosto dos três.

Isso é questão de gosto.

meinhardt_jgbr
(usa Debian)

Enviado em 28/12/2009 - 16:55h

Acredito que na verdade seja preguiça e aversão a mudanças e ao novo.

stilldre
(usa Funtoo)

Enviado em 28/12/2009 - 16:59h

Concordo 100% com o Igor, além do mais fui eu quem gritou no meio do joio!!! Sei que opiniões assim existem pra serem refutadas pelos que não as compreendem... então ficam meus votos de boas festas pra todos no VOL!!!

Que os fontes estejam com vocês!!!

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 29/12/2009 - 15:26h

Também existe um outro aspecto:

É sabido que uma Ferrari ou uma Lamborghini "puro sangue" são muito superiores a um fusquinha, embora todos tenham 4 rodas, um volante, embreagem, acelerador, freios de pé e de mão, cabine, motor, enfim teoricamente eles seriam "iguais".

TODOS os motoristas habilitados podem tranquilamente dirigir um fusquinha, porém nem todos - mesmo habilitados - conseguem andar dois quarteirões sequer numa Ferrari ou numa Lamborghini classe GT.

Mas se tivessem conhecimento de práticas um pouquinho mais avançadas de automobilismo, certamente não queimariam embreagam nem fundiriam o motor daquelas preciosidades logo no primeiro quarteirão.

E se fundir o motor ou queimar a embreagem, certamente dirão que esses carros são "fracos" ou que "não prestam", que "bebem demais", que "as peças são fracas", que "a manutenção é muito cara", e por aí vai, quando a verdade não é exatamente essa...

Falta a esses usuários um pequeno conhecimento a mais e que no entanto é vital.

Quem sabe MESMO o que é um automóvel, embora possa faltar inicialmente a prática, tem a capacidade de dirigir um carro esporte, um utilitário, um caminhão ou um ônibus, por exemplo, sem danificar o equipamento.

Mas aquele que apenas aprendeu a tirar a carta (CNH), normalmente tem até receio de pegar um veículo de caracteristicas estranhas.

A mesma coisa acontece quando o usuário aprende apenas a apertar o "power" e desconhece o porquê das coisas no computador.

O que digo é que dirigir um fusca pode ser prazeiroso, é verdade (eu mesmo já tive três).
- Mas quem pode ir para a Floresta Negra (*) e testar criteriosamente um veículo gran-turismo, a história é outra, o prazer é outro.
- Quem pode comprar um carro mais elaborado e confortável. o prazer é outro ainda.
- E quem aprecia o off-road não estará bem nem de fusca nem de Ferrari nem de Lamborghini.

A grande vantagem do fusca é que - se estiver com sua manutenção em dia - não enguiça por qualquer motivo, vai a qualquer lugar e serve para qualquer evento (enterro, casamento, festa de formatura, etc.) e se comporta relativamente bem na chuva.
(Ir com uma Lamborghini amarela a um enterro poderá até mesmo ser considerado como uma afronta - Além do que, é péssimo para transportar a querida vovó para os passeios - e já pensou a sogra dentro de uma Ferrari, pedindo para você ir "mais devagar!... mais devagar!..." mesmo estando a 50km/h?).

O mesmo ocorre com relação a windows e outros sistemas operacionais.
Todos têm suas vantagens e desvantagens, sejam reais ou apenas aparentes.
E cada um tem sua utilidade específica.

mateusc
(usa Debian)

Enviado em 29/12/2009 - 16:36h

eu discordo de algumas coisas!

Nós participamos dessa comunidade por usar linux ( isso não é novidade dann!)
e, de certa forma softwares e novidades a respeito do mesmo nos interessam bastante.Mas, será que a pessoa que esta ao nosso lado tem tanto interesse em softwares, hardwares? ou simplesmente quer clicar naquele troço azul que tem um "E"(internet explorer) e entrar no tal do "yorkut", ou a na raposa bonita(firefox)...

Eu, não tenho paciência em olhar um motor de um carro, e isso não me interessa.Simplesmente quero que caiba minha familia e ande normal ( não de pau) quero pisar no acelerador e ele ande.

É isso, as pessoas não estão preocupadas se é livre ,se não é, elas querem apertar o botão e usar, sem se preocupar em ter que configurar algo. Sinceramente estão corretos.

por esse motivo que versões como ubuntu, fedora, entre outras que facilitam a vida dos usuarios... são famosas e mais usadas em casa

meinhardt_jgbr
(usa Debian)

Enviado em 29/12/2009 - 17:32h

Tentando manter a maior imparcialidade possível, todos precisamos concordar que mesmo no caso daquelas distros que resolveram montar uma estrutura pelo menos visual parecida com algum dos windows para facilitar a migração conseguiram seus objetivos apenas parcialmente. Isto é mais do que obvio pois em primeiro lugar Linux não é windows nem tampouco uma emulação do mesmo.

Para começo de conversa a grande discrepância já começa no tratamento de segurança no Linux em função das possibilidades reais disponíveis para aplicação multiusuário, direto da caixa ("out of the box") que a maioria dos usuários windows nem está acostumada e / ou jamais vai usar.
Quem instala qualquer Windows "feijão com arroz", jamais vai precisar usar uma senha de administrador para fazer qualquer coisa no windows, seja isto alterar configurações, instalar programas, etc. Se for o próprio usuário que fizer a instalação do windows "piratex", vai colocar uma senha de administrador apenas uma vez, na instalação. Depois disto nunca mais, até porque quando der [*****], vai pedir pra alguém que entenda um pouco resolver o problema ou re-instale tudo incluindo re-formatação de HD. Se já comprou o PC com algum "piratex" pre-instalado, nunca vai ficar sabendo que o windows também tem senha de administrador.

Sabendo ou não da existência da mesma, jamais vai usar porque quando a caca for grossa, vai partir direto pra ignorância, porque aliás não importam os eventuais dados que estejam no HD.

Tenho observado também que da mesma forma como os usuários Linux levam algum tempo, obviamente muito mais curto para aclimatação quando trocam de distro ou apenas de gerenciador de janelas, como KDE, Gnome, xfce, Lxde, etc, os usuários windows também enfrentam este mesmo problema porém agravado pela total falta de conhecimento e má vontade por não encontrar os termos familiares e a organização familiar dos menus.

Mesmo para iniciantes que se aventuram pelo KDE, bastante parecido com o windows em termos de Menu Iniciar, apanham um pouco mesmo com a mais simples alteração de nomenclatura. A tendencia portanto é da desistência imediata.

Depois vem a barreira do download, click, click, next, next, que obviamente não funciona no Linux, e por ai vai.

Por esta razão, mesmo deixando de entrar no mérito da questão referente a superioridades de cada um dos SO's, e é inconteste que os windows também tem algumas, dentre estas talvez a mais importante a questão da imensa disponibilidade de jogos, haveria que fazer um exercício de "masturbação mental", depois de bem definidos os parâmetros de comparação.

removido
(usa Nenhuma)

Enviado em 29/12/2009 - 18:32h

Na verdade muita gente usa Windows, pela facilidade e comodidade, pois existe aquela questão que paira na cabeça do usuário, Se tiver algum problema com Linux para quem vou perguntar ou quem pode fazer isso para mim??? Se esquecendo que ela é capaz de pesquisa e resolver qualquer dúvida que ela tiver utilizando a Internet.
Aí o usuário pensa, para que complicar se posso piratear, entenderam né, estimulando a indústria da pirataria.

Uma certa vez, conversando com o gerente do banco, que é formado em análise de sistemas sobre a utilização do linux e ele logo foi me dizendo, que não usava linux, pois ele não podia perder tempo aprendendo. Aí entrar a questão, será que vamos parar no tempo, em vez de aprendermos coisas novas???

Certa vez um palestrante disse um coisa que me surpreendeu, atualmente geramos menos conhecimento do que a anos atrás, antes dessa era da informação, pois vários textos são gerados a partir de outros, o famoso ctrl+c - ctrl+v, e dificilmente algo novo e surpreendente surge do nada.

Agora alteraram a lei de Lavosier para: Nada se perde nada se cria tudo se copia.

Software Livre é inovação e difusão do conhecimento!!!!!!!

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 30/12/2009 - 11:31h

Agora é a lei de "Lavoisier Chacrinha Barbosa"...

Acho extremamente furado esse argumento de que aprender linux é "perder tempo".

Afinal, diz o dito popular que "o saber não ocupa espaço".

Além do que, em TODAS as versões do Windows que foram saindo do forno posteriormente à 3.11 o usuário TEVE de reaprender uma série de coisas, o mesmo acontecendo com os produtos da suíte MS-Office.

Ou não?

Ou será que "aprender Linux" é perda de tempo mas "reaprender Windows" a cada versão é sempre edificante?

Gostaria que alguém me explicasse melhor, porque a mim parece mero e fútil preconceito.

(A propósito de meu comentário anterior, a Ferrari lançou um câmbio automático para as suas novas feras de 4 rodas - atendendo assim ao público feminino - e isso foi motivo de reclamação e indignação de muitos: "Como é que pode?!!!...")

MoGG
(usa Ubuntu)

Enviado em 30/12/2009 - 13:50h

Comodismo... eu diria.

É mais fácil "pagar menos" por uma versão pirata do Windows numa banca de camelô do que baixar ou mandar vir gratuitamente (no caso do Ubuntu) uma distro Linux e aprender a usá-la.

O dia em que a MS fizer com os seus softwares: Windows, Office, etc - como faz com o seu console XBOX, e a Sony nos PS2 e PS3, bloqueando os equipamentos que utilizam games piratas ou modificações no aparelho ao conectarem a Internet, no caso dos PCs, inutilizando o MAC, as pessoas se obrigarão a mudar: ou comprarão uma licença para utilizar uma cópia do Windows, ou migrarão para alguma distribuição Linux. Como a maioria não gosta de gastar muito dinheiro com coisas do tipo, creio que a maioria aprenderá a usar o Linux e adotará esse como o SO para o PC. Creio que a MS só não fez isso até agora por medo, pois creio que a maioria dos usuários Windows (piratas) migraria para o Linux para não pagar pelo SO, pois perderia uma boa fatia dos usuários, mesmo que esses usuários não tivessem licença de uso...

meinhardt_jgbr
(usa Debian)

Enviado em 30/12/2009 - 14:35h

Pela experiência que tive em minha própria casa, tentei convencer meus filhos a migrar pro Linux por um bom tempo, até porque a minha turma é muito mais comodista que muitos outros típicos usuários windows e sabia que podiam sempre mandar o PC pro "velho" que ele resolve quando a [*****] for grossa, além do mais sabem que eu sempre tentaria recuperar o máximo de informação possível antes de mandar tudo pro vinagre.
Como todos sabemos que conselho de pai normalmente não é aceito, apenas quando muitas vezes já é tarde demais, no nosso caso não foi e nem poderia ser diferente.

A migração começou pelo cara que tinha o PC mais defasado em termos de hardware. Apesar do windows "quente", devidamente atualizado, etc. quem começou a incomodar foi o hardware ou melhor as limitações do hardware pra carregar o peso cada vez maior do SO. Quando o cara começou a perder a paciência pelos frequentes travamentos e telas azuis, me pediu para dar uma olhada pois ele desconfiava que algum item do hardware estivesse queimado ou a ponto de queimar.

Antes de fazer qualquer outra coisa, passei a mão num CD-Live do Kurumin 7 e mandei ver. Com o velho Kuruma rodando, pedi a ele para tentar replicar as situações em que ocorriam os travamentos.

Surpreso com a melhora imediata de performance apesar de estar rodando a partir de CD, me perguntou o que havia feito. Eu não disse nada, apenas disse pro cara continuar abrindo paginas, colocando musica e vídeo pra rodar em áreas de trabalho independentes, e o cara seguiu adiante, sem problema nenhum. O PC definitivamente não travou, apesar da carga muito maior em termos de aplicativos.

O resultado vocês já sabem, hoje não só ele mas também os outros dois só usam o Linux. Não querem mais saber de anti-virus, desfragmentação, etc, etc, etc, mesmo dispondo de equipamento para rodar qualquer versão dos windows.

Ainda não consegui que os caras partissem para a resolução de todos os problemas de instalações de algum aplicativo, pois seguem sabendo que qualquer coisa é só pedir ajuda pro velho, porém já começaram a se aventurar e buscar as soluções por conta própria. Este afinal de contas é o objetivo de todo o pai, dar o caniço a linha e o anzol e deixar os caras aprenderem a pescar.

Por estas e por outras, pelo menos neste caso posso garantir que é apenas uma questão de comodismo.

Pra quem usa "piratex", mais ainda, sem poder atualizar vai ficando cada vez mais difícil rodar os vários windows sem problemas e principalmente, apenas poderão usando o mesmo hardware com limitações, rodar bem praticamente em igualdade de condições se migrarem para alguma distro Linux.

Mais cedo ou mais tarde, muito mais gente vai seguir migrando!!!! Não precisamos convencer ninguém!!

Teixeira
(usa Linux Mint)

Enviado em 31/12/2009 - 10:52h

Eu concordo com isso.
Eu mesmo não procuro convencer a ninguém de nada.
Seja sistema operacional, religião, qualquer assunto.

Eu exponho os fatos, a minha opinião e os MEUS porquês.
Cabe a cada um aceitar ou não.
Ninguém é obrigado a concordar comigo.

Pode-se transpor uma montanha em linha reta, subindo e descendo, escalando e talvez correndo riscos; Ou de forma totalmente diferente, pode ser em linha curva, contornando-a porém com isso fazendo o caminho muito mais longo.

Qual seria a atitude certa?

A MINHA resposta seria "depende da ocasião".
Depende de uma série de fatores a serem considerados.
Aí toma-se uma decisão, um caminho, uma atitude.

Entretanto, nossa atitude tem de ser "a de um piloto de avião a jato": rápida e precisa.

Não podemos permanecer como tardigrados, eternamente em estado contemplativo.

Para passar por cima, temos de ter "motor" e "potência"; E para contornar precisamos de "combustível" e "tempo".

Então, uma vez conhecedores do panorama geral, cada um de nós - e cada um dos que estão à nossa volta - saberá tomar suas próprias decisões.
Se estarão certas ou não, e se coincidem com as nossas, aí é outra coisa.
Pelo menos tentamos avisar.