Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 24/09/2013 - 12:09h
Aqui no Brasil, se eles conseguirem adequar o projeto à Lei Rouanet (formalmente a Lei 8.313 de 23 de dezembro de 1991), a coisa deixará de ser uma simples piada.
Na prática,
ninguém patrocina absolutamente
nada sem que tenha retorno financeiro ou incentivos fiscais, ou premência de "tirar o braço da seringa" - nem aqui no Patropi e nem lá fora no assim-chamado "primeiro mundo".
Por que vocês acham que a Microsoft e o tio Bill gastaram milhões de dólares em uma "Fundação"?
(O fantasma do Imposto de Renda pode fazer milagres)...
Por que vocês acham que Pilatos lavou as mãos publicamente após o julgamento de Yeoshua?
Porque se ele não fizesse isso, a tão decantada e imaculada "justiça de Roma" poderia estar em xeque, trazendo prejuízo moral para o "Cesar" (na época o imperador Tibério) e consequentemente, trazendo sobre si próprio uma sentença de morte (seria "sacrificado a Ceres", segundo a lei romana da época).
Então Pilatos, que não era nada bobo, tratou de "tirar o braço de Roma da seringa", fazendo aquele gesto que hoje em dia algumas pessoas religiosas insistem em interpretar como se ele tivesse sido "bonzinho" ou convertido pelo Evangelho ou pelas palavras do cidadão Yeoshua.
Acontece que Yeoshua foi acusado de sedição, de estar insuflando o povo a não pagar impostos a Roma.
Pelas respostas, Pilatos teve certeza de que não era nada disso, mas também percebeu que havia alguma
armação, não somente para o acusado, mas também para ele próprio e para o império.
E como os principais das sinagogas insistissem em que o acusado deveria morrer "de qualquer maneira", mudando a acusação para o fato de "ele se afirmar rei dos judeus", Pilatos "gentilmente" emprestou uma cruz romana para que os judeus finalmente deixassem de encher o saco e matassem lá quem eles quisessem (prova de que, na política, certas gentilezas podem assumir aspectos bem estranhos)...
É que Roma não se permitia entrar na intimidade dos costumes, tradições e religiões dos povos conquistados (*).
Então que eles cuidassem de seus próprios assuntos, e Roma assumiria uma postura cordial e simpática.
Mas ele fez outro gesto, desta vez para deixar claro
quem era que mandava:
Mandou inscrever sobre a cruz, em todos os idiomas conhecidos na localidade, os dizeres: "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus" (e não apenas a sigla INRI), e aí os principais reclamaram mais do que pobre-na-chuva, alegando que ele apenas
se dizia rei dos judeus.
Então Pilatos "deu a carteirada" dele, com a célebre frase:
"O que eu escrevi, está escrito!"
Acho que XFCE não tem atrativo$ para que ninguém - especialmente a Coca Cola ou outras grandes empresas - venha a arriscar-se a fazer algum patrocínio sem ganhar nada em troca, seja dinheiro (muito dinheiro), notoriedade ou sobretudo
poder.
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(*) Roma era bastante liberal quanto à cultura própria de cada um dos povos conquistados, limitando-se a exigir apenas que eles:
- pagassem impostos,
- falassem o Latim. e que
- os homens prestassem serviço militar.