Área de Trabalho Aristocrática

Comentários em cima de um artigo que faz críticas aos ambientes de trabalho "tradicionais".

[ Hits: 9.914 ]

Por: Xerxes em 03/10/2017


Home é Desktop



Depois de instalar o Ubuntu para Maria, ela rapidamente sacou muitas coisas e descobri que ela era realmente brilhante. Ela rapidamente organizou muitas pastas para todos os projeto dela, baixando muitos arquivos e colocando-os em muitos lugares. Ao contrário, João teve muita dificuldade para entender o simples conceito de arquivos. Bem, o que ele entendeu foi que pasta era o lugar onde estavam os documentos que ele não estava vendo.

Um problema que Maria tinha era encontrar novamente documentos espalhados em múltiplas pastas, em sua pasta inicial (home) e na área de trabalho. João sempre esquecia que seus arquivos estavam em sua pasta inicial. Ambos ficaram perplexos quando descobriram que sua pasta inicial continha uma pasta chamada "Desktop" com um conteúdo semelhante ao que eles tinham na área de trabalho. Maria teve medo de recursão (lembre-se de que ela é matemática) e João simplesmente disse que nunca criou uma pasta "Desktop" em sua home, portanto, ela deveria ser excluída.

Então, um dia, eu habilitei a opção "Ícones na área de trabalho".

[No original o autor diz que habilitou a opção 'desktop_is_home_dir' (em gconf-> apps-> nautilus-> preferências). Porém, não encontrei essa opção no GNOME atual. Talvez seja algo de uma versão antiga. No entanto, hoje, temos a opção "Ícones na área de trabalho" embora isso não surta o mesmo efeito.

Para tornar de fato o home em desktop faça duas coisas:

1. Edite o "~/.config/user-dirs.dirs" e troque o valor do "XDG_DESKTOP_DIR" para "$HOME/".

2. Em Gnome-tweak-tool, Área de trabalho, marque a opção "Ícones na área de trabalho", e deixe desmarcado a opção "Pasta pessoal"
Linux: Área de Trabalho Aristocrática
É isso! Continuando...]

Para João, eu simplesmente criei uma pasta chamada "fotos" em sua área de trabalho. E ele estava feliz com isso. Ele finalmente salvou as fotos de seu sobrinho e nada mais.

Para Maria, expliquei que a "raiz" de todos os documentos dela era sua "área de trabalho", os ícones que ela estava vendo no papel de parede. E aí, ela poderia criar pastas com subpastas. "Faz sentido", disse ela.

Depois de algumas semanas, Maria me disse que tinha criado muitas pastas. Algumas, do lado direito de sua área de trabalho, estavam relacionados ao seu trabalho e outras do lado esquerdo estavam relacionados à casa. Ela também me disse que criou uma "pasta de arquivos" na parte inferior da tela. Quando um projeto era concluído (ou não era mais usado todos os dias), ela simplesmente levava a pasta com o mouse e soltava-a na "pasta de arquivo". E se o projeto se tornar novamente ativo, ela abria a "pasta de arquivo" e colocava a pasta do projeto no lado direito de sua área de trabalho.

João me disse que agora ele não estava mais perdendo fotos.

João: "Sabe, quando eu guardava uma foto que recebia, desaparecia para sempre. Agora, a imagem salva é exibida em miniatura na área de trabalho. Então eu posso vê-la o tempo todo. Eu gosto disso. Eu só tenho que clicar nela para vê-la maior. Se eu não quiser vê-la o tempo todo, eu simplesmente arrasto ela com meu mouse, como você me disse, e eu a coloco na pasta fotos. É como uma gaveta: quando eu quero ver a foto, clico nela. Agora, eu também salvei algumas fotos engraçadas que encontrei na Internet. Você quer vê-las ? Alguns são realmente engraçadas. Como aquela com aquele cara na bicicleta com coisas na cabeça. Você sabe disso?"

Mostrei a João como alterar o tamanho de uma imagem em sua área de trabalho clicando com o botão direito do mouse e alterando o tamanho do ícone. Ele ficou impressionado, mas não tenho certeza de que ele será capaz de fazê-lo sozinho. Isso levará algum tempo.

Eu também decidi habilitar esta opção no meu próprio computador. E, desde então, não mais uso a configuração padrão. É tão fácil. Quando eu uso a linha de comando, eu sei que o que vejo ao fundo é o que está disponível através de um simples "cd". Além disso, minha pasta home não fica mais tão bagunçada. Claro, eu tenho uma pasta chamada "bagunça", mas é melhor ter toda sua tralha em alguma gaveta ou no chão do seu quarto?

Página anterior     Próxima página

Páginas do artigo
   1. Introdução
   2. Home é Desktop
   3. Não há ícone de bandeja no GNOME
   4. Dê fim ao clique-duplo
   5. Conclusão
Outros artigos deste autor

Instalação do CRUX 3.0 em Virtualbox

Acelere a publicação de seus artigos e dicas no VOL

DOOM clássico rapidão

Gravando área de trabalho em MP4 e depois transformando o vídeo em GIF

DOOM mais fácil que atacar imp pelas costas

Leitura recomendada

Software livre, capitalismo, socialismo e um possível caminho novo

Quero facilidade!

Candidato entra com ação no TSE para prestar contas sem usar Microsoft Windows

A trajetória do Viva o Linux - retrospectiva 2003/2004

O Espírito do Linux

  
Comentários
[1] Comentário enviado por albfneto em 03/10/2017 - 17:05h

Tá muito bom seu artigo! Favoritado.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Albfneto,
Ribeirão Preto, S.P., Brasil.
Usuário Linux, Linux Counter: #479903.
Distros Favoritas: [i] Sabayon, Gentoo, OpenSUSE, Mageia e OpenMandriva[/i].

[2] Comentário enviado por madrugada em 03/10/2017 - 18:28h

Belo artigo pra compartilhar! Tem meu joinha!!!

*Mas continuo não gostando do gnome3, kkk.

Aqui vale o pensamento: menos é mais. Realmente não adianta querer encher o Desktop de firulas se isso diminui a usabilidade.

[3] Comentário enviado por xerxeslins em 03/10/2017 - 21:01h


[1] Comentário enviado por albfneto em 03/10/2017 - 17:05h

Tá muito bom seu artigo! Favoritado.
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Albfneto,
Ribeirão Preto, S.P., Brasil.
Usuário Linux, Linux Counter: #479903.
Distros Favoritas: [i] Sabayon, Gentoo, OpenSUSE, Mageia e OpenMandriva[/i].


Valeu albfneto!

[4] Comentário enviado por xerxeslins em 03/10/2017 - 21:02h


[2] Comentário enviado por madrugada em 03/10/2017 - 18:28h

Belo artigo pra compartilhar! Tem meu joinha!!!

*Mas continuo não gostando do gnome3, kkk.

Aqui vale o pensamento: menos é mais. Realmente não adianta querer encher o Desktop de firulas se isso diminui a usabilidade.


kkkkk!

O bom é que no Linux tem como escolher a interface gráfica com facilidade, né?

Abraço!

[5] Comentário enviado por GabrielMS86 em 04/10/2017 - 09:42h

Muito bom artigo.
Pessoalmente concordo 100% com a parte sobre os ícones de bandeja - systray.
Aquilo realmente é uma bagunça.
Veja por exemplo, se vc espetar um pendrive ou hd externo na porta USB, no Windows será adicionado um ícone (oculto na maior parte das vezes) para controlar o status do dispositivo e desmontá-lo/retirá-lo de forma segura.
No Nautilus basta clicar com o botão esquerdo sobre o nome do dispositivo na listagem de locais à esquerda e selecionar "remover com segurança". Bem mais racional a meu ver pois é ali - no gerenciador de arquivos - que vc usa de fato o dispositivo, e não na bandeja do sistema.

[6] Comentário enviado por guipsp em 06/10/2017 - 09:42h

Muito interessante, obrigado por compartilhar e traduzir.

[7] Comentário enviado por nicolo em 08/10/2017 - 17:52h

Esse raciocínio é algo similar ao, ou inspirado pelo, sistema de qualidade nipônico, baseado na escassez de recursos. A mantra é: "Fornecer tudo o que é necessário e não mais que o necessário". Fica estabelecido que o necessário tem que estar à mão de quem usa e não em outro planeta atrás da sintaxe do command line. O pensamento nipônico começaria por examinar as reais necessidades do usuário, como ele utiliza o produto e o que ele faz com o produto. A partir dessas informações o produto seria elaborado "sem falhas e a prova de falhas" afim de obter a máxima satisfação do usuário. Este raciocínio se aplica nas relações fornecedor (Especialista em informática) e o cliente (usuário). Como no exemplo do artigo os usuários são gênios em suas especialidades mas não deliram de paixão por computadores. O Linux (Nominalmente Ubuntu a agora o Mint) partiram para atender as necessidades do usuário, ainda que forma abrangente e universal na tentativa de agradar gregos e troianos, mineiros e baianos. Esta parte de elaboração do produto é responsabilidade das distros. Outras distros partiram para a excelência em aplicação para o servidor, e isso é igualmente importante e aplicam-s os mesmos princípios reconhecendo que o usuário de servidor é bem diferente do doutor em cirurgia cardíaca. Esse raciocínio, se aplicado na prática poderia contribuir muito para a popularidade do Linux , pois o Linux tem a vantagem de ter quantas distros forem necessárias para agradar gregos e troianos, mineiros e baianos.

[8] Comentário enviado por removido em 08/10/2017 - 23:47h

Por isso uso linuxmint
Não preciso ser um mega nerd fodaum em informática para usar
Vc quer instalar e usar sem muitas preocupações

[9] Comentário enviado por xerxeslins em 09/10/2017 - 10:45h


[7] Comentário enviado por nicolo em 08/10/2017 - 17:52h

Esse raciocínio é algo similar ao, ou inspirado pelo, sistema de qualidade nipônico, baseado na escassez de recursos. A mantra é: "Fornecer tudo o que é necessário e não mais que o necessário". Fica estabelecido que o necessário tem que estar à mão de quem usa e não em outro planeta atrás da sintaxe do command line. O pensamento nipônico começaria por examinar as reais necessidades do usuário, como ele utiliza o produto e o que ele faz com o produto. A partir dessas informações o produto seria elaborado "sem falhas e a prova de falhas" afim de obter a máxima satisfação do usuário. Este raciocínio se aplica nas relações fornecedor (Especialista em informática) e o cliente (usuário). Como no exemplo do artigo os usuários são gênios em suas especialidades mas não deliram de paixão por computadores. O Linux (Nominalmente Ubuntu a agora o Mint) partiram para atender as necessidades do usuário, ainda que forma abrangente e universal na tentativa de agradar gregos e troianos, mineiros e baianos. Esta parte de elaboração do produto é responsabilidade das distros. Outras distros partiram para a excelência em aplicação para o servidor, e isso é igualmente importante e aplicam-s os mesmos princípios reconhecendo que o usuário de servidor é bem diferente do doutor em cirurgia cardíaca. Esse raciocínio, se aplicado na prática poderia contribuir muito para a popularidade do Linux , pois o Linux tem a vantagem de ter quantas distros forem necessárias para agradar gregos e troianos, mineiros e baianos.


Interessante! Obg por comentar.

[10] Comentário enviado por jaac em 13/10/2017 - 09:28h

Valeu por compartilhar!
Pensar em incluir todas as pessoas no mundo digital é um grande desafio.
Artigo favoritado ;D

[11] Comentário enviado por xerxeslins em 13/10/2017 - 11:33h


[10] Comentário enviado por jaac em 13/10/2017 - 09:28h

Valeu por compartilhar!
Pensar em incluir todas as pessoas no mundo digital é um grande desafio.
Artigo favoritado ;D


Valeu!


Contribuir com comentário




Patrocínio

Site hospedado pelo provedor RedeHost.
Linux banner

Destaques

Artigos

Dicas

Tópicos

Top 10 do mês

Scripts