Aluguel de certificações e formações. Ilegal?

Este artigo mostra uma informação pouco conhecida, mas amplamente utilizada no Brasil. Desde certificações Linux até formações completas. Sua prática é ilegal? Se sim, porque GRANDES empresas utilizam desta forma, e profissionais de T.I (laranjas do vale do silício) se prestam a isso? Ou será tudo dentro da lei?

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Por: Paulo Roberto Junior - WoLF em 04/05/2011


Laranjas do Vale do Silício



Prezados amigos,

Neste 18° artigo que escrevo, não vou dedica-lo a sistemas open source, distribuições e soluções gratuitas, mas sim a um assunto pouco conhecido por muitos e bem conhecido por poucos, e que até já vivenciaram essa prática, inclusive esse que vos escreve.

A prática de aluguel de certificações e formações.

A primeira impressão soa como uma afronta, uma alusão, visto que, como é possível alugar um documento e uma ideologia pessoal e intransferível?

A resposta é bem clara e coesa. SIM.

X: Olá
eu: Olá, boa noite
X: conforme entrei em contato seria para aluguel da Certificação Linux
eu: aluguel? não entendi o objetivo ainda
X: funciona da seguinte forma, vc não terá vinculo com a empresa, porém tenho interesse apenas no seu certificado, para que eu tenha seu certificado, eu alugo
eu: mas o lpi id é intransferível, somente fica no aporte de um usuário
X: sim, porém você tem a certificação em papel certo?
eu: sim positivo, quando se passa vem o kit de welcome, carteirinha e outras frescuras
X: se você me fornecer posso pagar um valor por isso, mas o que interessa, é só a certificação, o kit fica com vc, o resultado final é o que interessa, é isso que alugamos
eu: entendi, no quesito valores e qual lpi deseja, pois tenho o 1 e 2
X: olha, o mercado hoje está pagando R$600,00 por cada, lembrando que é só a certificação
X: como eu estava disparando pra todos os lados, eu fechei com a quantidades de pessoas que eu precisava se você aceitasse, teria que esperar até amanhã, caso não dê certo você seria o meu backup
eu: claro, claro, é sempre tudo corrido, o que eu não gostaria é de dar um passo com margem de erro
X: preciso de pessoas Cisco, Enterasys, ou Avaya

É bem possível, é real e soa quase que como denúncia a essa prática que na minha opinião considero de baixo nível e ilegal, e o pior, não somente um dos lados a solicita, a outra parte (profissionais de TI, vulgo laranjas de TI) se prestam a isso.

Estudei bem sobre o assunto após sofrer esse impacto, e antes mesmo de escrever este artigo.

Abaixo vou explicar de forma sucinta como o esquema ocorre:

1. Empresas de consultoria de TI, empresas que prestam serviços de TI, concorrem a licitações, contratos diversos e tudo mais.

2. Nessas cláusulas há um "pequeno" obstáculo. A empresa que vencer a licitação deve possuir X funcionários com as certificações, formações etc.

3. Como toda licitação "normal" o vencedor é o que apresentar menor valor.

4. Sendo assim a empresa vence a licitação e NÃO tem os tais certificados, e o que ela faz? ALUGA, sim ALUGA pelo Brasil esses caras.

5. A pessoa que se prestar a isso, assina um termo em que não se compromete a trabalhar para a empresa, ou seja, ela não tem vinculo com a empresa, apenas esta informando que possui a certificação e a esta cedendo por, cara de pau da pessoa falar, VALOR DE MERCADO, R$ 600,00 por certificação.

Quanto custa uma formação completa, aquelas de faculdade em TI? Importa se é Federal ou EAD?, Não, o diploma que importa... Há, isso é fácil, custa R$ 3.000,00.

Certificação Linux LPI 1, 2, 3?
R$ 600,00 por nível

Onde se pode vender até seu cartão, seu certificado em papel, tudo.

O pior disto não é as empresas e digo GRANDES empresas, apenas não vou mencionar nomes, praticarem esse ato, mas o que me chama atenção é, os "profissionais de T.I" deixarem isso acontecer, e vender seja por dinheiro, necessidade empírica de recursos financeiros, desestímulo com a tal certificação.

Ele não está vendendo um papel, ele está vendendo sua essência, a pessoa batalhou por este conhecimento, custeou rios de dinheiro para obter essa certificação e além de tudo isso, ele fornece a empresa o poder de ter de forma abstrata um profissional qualificado, um fantasma.

E por sua vez, ela irá contratar um funcionário qualquer e que NUNCA prestará um serviço perfeito, pelo preço de banana.

Quem perde com esse fluxograma?

TODOS.

Os "VERDADEIROS" profissionais de TI que perderam vagas e bons salários.

A empresa/governo que licitou um serviço, em que pagou e acha que receberá bons funcionários de uma empresa que venceu a licitação.

Os "FALSOS" profissionais de TI que venderam sua "alma" por um trocado.

Se você, como eu, também pensou que esta prática era nova, entramos de cabeça em um KERNEL PANIC. [1] - Erro.

Isto acontece desde 2001, e em 2003 teve um crescimento alarmante, podem pesquisar.

Espero que tenham gostado do artigo-informativo-denúncia-preocupante que escrevi.

O caso é sério, é real e somente NÓS, podemos resolver isto.

Alias, é mesmo ILEGAL?

Paulo Roberto Junior - WoLF
Analista de Sistemas Pleno e Suporte Pleno
Certificado em LPI 2, Microsoft, CCLA, buscando mais
Bacharel em Ciência da Computação, buscando uma PÓS

www.paulojr.info | blog.paulojr.info | @paulo_robertojr

   

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Comentários
[1] Comentário enviado por cesar em 04/05/2011 - 15:24h

Onde mundo vai parar deste jeito? até aluguel de certificações...putz!

Para mim (opinião minha) isto é uma prática ilegal sim, pois você estará alugando uma certificação que é um comprovante que você realmente entende do assunto, a pessoa que alugar além de não(talvez) saber nada, vai queimar o filme dos profissionais de suporte Linux.

Lamentável isto acontecer.

[]'s

[2] Comentário enviado por oliveiraugusto em 04/05/2011 - 15:53h

infelizmente já isso acontecer aos montes..não só com certificaçãoes linux..mas com varios tipos de certificados e certificações..

vou dar um exemplo do que vi:
tem uma empresa (grande) q prestei serviços q fornece aumento de salario ao final de um ano (coisa de 1% do valor total) por cada 3 cursos que vc entregasse ao longo desse ano.

o que acontecia...uma unica pessoa ia fazer os cursos, ou outros passavam um photoshop em cima do nome e colocavam os proprios por cima...esse cara ganha rios de grana por fora com isso.

esse é o nosso querido Brasil-sil-sil....

[3] Comentário enviado por walber em 04/05/2011 - 17:12h

Puta sacanagem, não da pra acreditar que haja proffisionais que estudem tanto e se passem a fazer essas coisas.

Já não anda bem, não tem regulamentação, tem "Engenheiro e analista de tudo que é tecnologia em TI" e os kras ainda fodem ainda mais com essas práticas.



[4] Comentário enviado por fs.schmidt em 04/05/2011 - 17:16h

Quando a gente pensa que já viu de tudo, vemos uma prática como essa. Parabéns pelo artigo, eu realmente desconhecia esse trapaça. Muitas empresas realmente "alugam" pessoas com certificados para participar de licitações, depois contratam o que acharem de mais barato no mercado.


[5] Comentário enviado por tonyrecife em 04/05/2011 - 18:46h

Cara,
Essa é nova pra mim. Estou me certificando LPI-1 pelos próximos dias e com certeza não vou me prestar a um papél desses. Talvez isso aconteça porque não existe nas empresas que você menciona, uma avaliação continuada, onde o funcionário precisa demonstrar sua capacidade, semestralmente, naquilo que se propos. É polêmico, eu sei, mas não vejo outra solução no momento. Quanto à legalidade: Com certeza é ilegal, vide textos sobre "IMPERÍCIA PROFISSIONAL". Forte abraço e VIVA O LINUX.

[6] Comentário enviado por julio_hoffimann em 04/05/2011 - 22:11h

Ótimo artigo Paulo,

É triste ver tantos profissionais corrompidos no nosso país. Como você mesmo disse, nós é que devemos resolver isso.

Abraço!

[7] Comentário enviado por luizvieira em 04/05/2011 - 22:39h

Paulo, fico feliz por ver uma pessoa divulgar esse tipo de ação de muitas empresas. Isso é que também leva à dita prostituição do profissional de TI. Já vi e ainda vejo essas práticas em diversas empresas, e não só de aluguel de certificação, mas também aluguel do nome do profissional, só porque o mesmo possui "status" e contribui para determinado grupo ou comunidade.

Muito feio isso...

Não é à toa que na Austrália um profissional certificado em Linux consegue ganhar $ 10.000,00 por mês, enquanto que aqui no Brasil, se ganhar R$ 2.000,00 é muito.

[ ]'s

[8] Comentário enviado por Lisandro em 05/05/2011 - 08:21h

Ótimo artigo. Meus parabéns.

[9] Comentário enviado por equeiroga em 05/05/2011 - 10:54h

É lamentável acreditar que um profissional certificado se submeta a isso!!!!!!!

[10] Comentário enviado por capitainkurn em 05/05/2011 - 11:13h

Mas o que ocorre é o seguinte:

Em licitações na realidade quem ganha é quem está na vez da fila, mas para a coisa não ficar muito esculhambada o que se faz é o seguinte:

Empresa A totalmente habilitada cobre o preço da empresa B que totalmente habilitada cobre a empresa C então a empresa C ganha a licitação com o menor preço. Então vocês me perguntam... Ora não bastaria a empresa C ser habilitada para para ganhar a licitação com um preço mais alto? A resposta é não pois se apenas uma empresa licitante for habilitada a licitação pode e certamente será cancelada pois do contrário isso acaba gerando problemas com tribunais de contas, ou pior... Ministério Público.

Os profissionais que alugam as suas certificações na verdade não o farão para a empresa vencedora pois esta no ato das medições precisa comprovar o vínculo com os profissionais certificados. Eles apenas figurarão nas empresas perdedoras pára fins habilitação de propostas para cobrirem a empresa que vencerá a licitação.

Na realidade ao contrário do que possam crer não há perda de vagas de profissionais certificados ou coisas assim. Basta entenderem o mecanismo de licitações para concluirem isso.

[11] Comentário enviado por paulorvojr em 05/05/2011 - 14:47h

é fogo!!

no dia que passei por este acontecimento eu não acreditei, aos poucos fui entendendo que isso era real, e ao mesmo tempo ficando com ódio.

Criei coragem e escrevi o artigo, pois há poucas informações sobre esse assunto.

Se você consultar seus colegas e até aqueles que não fala a meses ou anos, eles vão responder que sofreram essa tentativa, alguns até ja aceitaram outros recusaram (UFA!!)

como o @luizvieira disse, isso é uma "prostituição" de T.I, garotos de "programa"(leia-se T.I), se tornam realidade.

A todos os outros excelentes comentários fica a prova que muita gente sabia, outros era novidade, mas a quem devemos recorrer?


[12] Comentário enviado por adriano.carvalho em 05/05/2011 - 15:46h

Boa tarde,

Não é só entender como funciona as licitações, pois as empresas entram nas licitações com seus colaboradores e suas distintas certificações e na hora de alocar, coloca outros caras sem certificação e pagando salários menores, porem comprovam que existe contratação e o vínculo com os colaboradores certificados.
Essa pratica já foi usado pela empresa que trabalhei...

Aproveitando o gancho deixo aqui a minha insatisfação com o mercado de trabalho de T.I, não só o mercado que esta prostituído mas as empresas também estão, exigem certificação, faculdade, pos-graduação, inglês, etc e na hora de acertar o salário quer te pagar 2.000 2.200...um salário totalmente incompatível com o investimento feito.

[13] Comentário enviado por capitainkurn em 05/05/2011 - 23:09h

depende muito.... cada caso 'e 'unico!

[14] Comentário enviado por eduardofraga em 06/05/2011 - 00:34h

Esse problema acontece principalmente, porque as licitações tem brechas que deixam as empresas usarem esse tipo de recurso. Mas, com certeza, a culpa também é do profissional que deixa ser enrolado com isso.
Lembro que isso não acontece só com T.I., já vi muitos casos de Engenheiros que assinam obras, mas foram outras pessoas que fizeram.

[15] Comentário enviado por qxada07 em 06/05/2011 - 08:07h

Infelizmente aqui é Brasil... Se todos os profissionais dessem valor a sí mesmo, isso não ocorreria....

[16] Comentário enviado por ricardoolonca em 06/05/2011 - 08:46h

Estou tirando minha certificação LPI, e já tinha pensado nisso. Já trabelhei em empresas que venceram licitações que exigiam profissionais com LPI, e eu não tinha. Quando tinham que provar, usavam a de um profissional alocado em Brasília, mas que eu nunca conheci nem falei. Certamente era esse o caso.

Já em outra empresa que trabalhei, onde eu era cliente, exigíamos que o profissional que nos atendesse fosse certificado. Cada novo técnico que aparecia tinha que comprovar que ele era certificado, mostrando carteirinha, documentos, etc. E várias vezes aconteceu do técnico não ter a certificação. Neste caso, não deixávamos esse analista nem analisar o problema, e meu superior imediatamente ligava para a prestadora dando uma dura neles. Mas era empresa privada...

Mas como disse o eduardofraga, essa é uma prática comum no Brasil, e acho que no mundo todo. Quem nunca fez um puchadinho em casa e na hora de arrumar a documentação não pagou um Engenheiro para assinar?

Eu sugiro o seguinte: você que tem certificação e recebeu uma proposta dessas, divulgue o nome da empresa no Orkut, Twitte, Facebook, etc. E se você que é certificado e ganha apenas 2.000, tá na hora de procurar outro emprego em alguma empresa séria. Pois as boas empresas valorizam e querem os bons profissionais.

[17] Comentário enviado por jmurray em 06/05/2011 - 09:31h

qxada07 , Não é só Brasil ! Isso é corrupção e existe em todo o lugar. O que o amigo explicitou é as jogadas podres dessas empresas fazem para ganhar dinheiro.

E tem aquilo, se tem esse mercado negro, logo, tem pessoas que se submetem e aceitam essa chinelagem. É aquele sujeito mesquinho que pouco se importa com a sua categoria e a ética. Não existem médicos que vendem receitas médicas ? Não existem policiais corruptos ? É que nem o mercado de drogas. O tráfico existe pq existem viciados em droga, caso contrário não exisitiria. Isso vai da parte do filho da mãe que vende sua certificação por isso.... empresas que nem essa deveriam ser denunciadas !

[18] Comentário enviado por foguinho.peruca em 06/05/2011 - 12:22h

Cara, se eu entendi direito, o cara assina um documento dizendo que "aluga" para uma empresa a sua certificação mas não tem contrato de trabalho com ela. Qual o significado disso? Como ele "aluga" essa certificação. Ela é intransferrível!
Pelo que foi descrito, eu entendo que isso é uma tentativa de enganar um cliente (no exemplo, um orgão público) dizendo que a empresa possui um funcionário certificado mas na verdade não tem. Isso, é no mínimo estelionato. Uma vergonha!
Acho que essas práticas deviam ser denunciadas ao MP (Ministério Público) para averiguar essas irregularidaedes.
Francamente, não conhecia essa prática mas fiquei decepcionado. Vergonhoso agir dessa forma.

Jeff

[19] Comentário enviado por ricardoolonca em 06/05/2011 - 14:52h

foguinho.peruca, é isso mesmo. A contratada "prova" que tem profissionais certificados, mas na verdade não. Não sou especialista em direito, mas acho que tanto a contratada quando o profissional que "alugou" o certificado podem sofrer penalidades legais.

[20] Comentário enviado por removido em 06/05/2011 - 17:47h

Fiquei de queixo caído!!! :(

Mas será que só ocorre aqui? In Brazil?!

[21] Comentário enviado por Teixeira em 06/05/2011 - 20:15h

Nessa operação não existe realmente a figura do "aluguel".
O que existe de fato é um CONSENTIMENTO TÁCITO (mediante pagamento) para que terceiros utilizem os dados de SUA certificação em SEU nome, como se fosse VOCÊ mesmo que estivesse se habilitando na concorrência.
Dessa forma, quem "aluga" é co-participante na tramóia.
E isso é crime, sim.

Aliás, depois que deram brecha para a tal "responsabilidade técnica", a "terceirização" e as tais "cooperativas", o que tem de fraudes, burlas, trambiques e golpes por aí...

[22] Comentário enviado por capitainkurn em 07/05/2011 - 12:53h

A responsabilidade técnica é um procedimento já adotado na construção civil a algum tempo tem dois objetivos: Assegurar a estabilidade e renda dos engenheiros e é claro render um bom trocado ao CREA (não necessariamente nesta ordem RSSSSSSSSSSSSS....). Mas entendam uma coisa, para uma empresa de engenharia manter um quadro técnico permanente é muito simples e relativamente barato dada a duração dos projetos e o montante financeiro dos mesmos. Uma pequena contrução dura no mínimo seis meses e os orçamentos são feitos com tabelas de composição de custos pré definidas, tais como a TCPO da PINI (referencia do mercado), e as públicas SCO, EMOP, DNIT e outras que normalmente são defasadas e estão abaixo da realidade. Uma empresa de TI de pequeno ou médio não tem muito como manter um quadro técnico permanente composto por profissionais certificados dado o elevado custo destes. A legislação coloca todos os gatos no mesmo balaio. Os orgãos públicos tem ciência disso, e não por corrupção mas pela necessidade de manter seus projetos rodando fazem vistas grossas para estes detalhes. Mas se o edital do projeto exige profissionais certificados isso não tem como ser burlado, ao menos no papel. Quando se vai fazer uma medição a cada uma é aberto um processo e toda a documentação inclusive o comprovação de recolhimento de INSS, IR, PIS etc. de cada um dos funcionários. Ou seja a empresa de fato tem um empregado e o paga. Se o funcionário estará presente no sítio do orgão isso já uma outra estória.

[23] Comentário enviado por capitainkurn em 07/05/2011 - 13:15h

Não pensem que sou um empresário malvado ou um Waylon Smithers (acessor executivo do infame Mr. Montgomery Burns do fantástico seriado "Os Simpsons"), mas quando se trabalha um uma área técnica normalmente não se participa de outros procedimentos da empresa, quer seja por uma questão de compartimentação de informação ou falta de tempo ou interesse. Isso nos dá uma visão de apenas uma perspectiva e deixamos de entender o todo. Quando estamos no lugar do Smithers isso muda Rsssssssssss. O retorno líquido de um contrato com orgão público com muito sacrifício e economia não passa de 9% e ainda há riscos envolvidos, como multas, inadimplência do orgão etc. Na empresa onde trabalho por exemplo estamos a mais de um ano e meio para receber uma medição de um orgão público, simplesmente por que o orgão extraviou uma documentação e um certo tribunal de contas não aprovou a medição. Na época eram aproximadamente R$ 5.000.000,00

[24] Comentário enviado por nerofsc em 11/05/2011 - 20:51h

Infelizmente esta é uma prática que que eu ja vi em uma Empresa na qual trabalhei há 3 anos...ná epoca a mesma estava disputando uma licitação para terceirizar serviços de T.I. para um grande orgão público, entre os pré-requisitos a empresa candidata deveria ter no mínimo 20 profissionais certificados em ITIL V2 Foundations, a minha empresa no caso não tinha sequer 10 profissionais com este título, como o projeto valia milhões, a solução encontrada foi o aluguel de certificações, porém o método foi um pouco mais sofisticado do que o descrito acima: A empresa inventou do nada um projeto e contratou nada menos do que 18 profissionais certificados como PJ por um mês e meio para depois de ganhar a licitação dispensar todos eles. O mais cômico foi conversar com uns destes profissionais e o mesmo afirmar com todas as letras e sem nenhum pudor que havia cedido a sua certificação por um preço x.

Realmente é lamentável...


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