Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 05/10/2010 - 21:38h
Sou evangélico porém não vejo "tanto" problema no casamento (ato civil) e no afeto que possa existir entre pessoas do mesmo sexo.
Até esse ponto, e de forma empírica, a questão se resume em:
1- Um mero contrato entre duas pessoas;
2- Ter AFETO não é e jamais foi pecado;
Enquanto a questão estiver dentro apenas desses moldes, ninguém tem nada que dar palpites. PORÉM, quando se confunde "afeto" com "obcenidade em público" a coisa muda de figura, pois nesse caso AS DEMAIS PESSOAS têm de ter preservados os seus direitos.
Entre quatro paredes cada um ou cada dois sabe o que faz e dá conta disso a quem de direito, portanto ninguém deve realmente se intrometer.
Quem é cristão deve saber que tem de ser ele mesmo a luz do mundo e o sal da terra. Temos de pregar o evangelho, mas não de empurrá-lo peloa goela das pessoas. Cada um hoje em dia já sabe de suas responsabilidades, sabe se Deus existe ou não, e conhece os textos bíblicos nem que seja por alto.
Portanto, apesar de algumas pessoas se exaltarem quanto a isso, a questão não é simplesmente motivada por "fundamentalismo religioso". Isso é argumento de simpatizantes do movimento GLBT e que querem essa questão resolvida a ferro e a fogo, impingindo à sociedade como coisa "normal" os abusos morais e os escândalos cometidos por alguns dentre os GLBT quando saem dos limites de suas cores e de sua extravasante alegria de viver com atitudes provocativas, pretendendo nitidamente chocar a sociedade.
Quanto à "lei da mordaça e outras", está vindo aí um pacotão que pretende:
1- Impedir os religiosos de uma forma geral de praticar suas crenças em lugares públicos (isso para mim é um contrasenso, pois ao mesmo tempo em que se impede os religiosos de praticarem a religião, autoriza-se outras pessoas a fazerem escândalo em público). Nesse caso seriam proibidos não somente os cultos ao ar livre (próprios de algumas denominações evangélicas) como também as procissões, quermesses, etc., que são típicas da igreja católica (no interior são muito comuns e são festividades muito bonitas). Espíritas de algumas ramificações não poderiam fazer "despachos" nem tocar tambores, cantar, gritar...
Seria muito bom SE não houvesse paulatinamente a liberação de determinados bailes "funk" e das festas "rave", onde toda a sociedade sabe muito bem o que acontece como "efeito colateral". Está-se trocando uma coisa por outra, de valores e resultados duvidosos.
2- Impedir os religiosos "de qualquer segmento" de emitir pareceres baseados em suas doutrinas religiosas. Pretendem anular a Bíblia assim "no grito". E igualmente impedir a imprensa e outros órgãos representativos da sociedade de divulgarem suas opiniões e de "botarem a boca no trombone".
Quanto ao ensino religioso nas escolas, sou totalmente contra.
Religião, moral e outros valores sociais são assunto para o âmbito familiar, e não para a escola. Esta deve ensinar os valores relativos ao civismo.
Realmente há uma certa "puxação de brasa para a própria sardinha" quando se trata de diferentes doutrinas religiosas entre cristãos de um modo geral. Cada qual quer ser mais certo que o outro, quer saber mais que o outro. Isso acontece entre os cristãos entre si, mas dificilmente atinge "os outros", exceto aqueles que se revoltam mesmo que de forma velada contra os preceitos recebidos de seus pais, em sua própria casa.
Não e possivel "obrigar as igrejas a fazerem casamentos entre gays".
O casamento é realizado através de Cartório, sendo o casamento "religioso" um ato meramente simbólico, já que em todos os casos prevalece o contrato firmado em Cartório próprio. E existem igrejas que não o praticam, já que não faz parte da doutrina cristã a obrigatoriedade da celebração do matrimônio na igreja.
E tudo que lermos ou assistirmos em veículos de comunicação "daquele grupo" mencionado será sempre para desmerecer as igrejas, sejam elas quais forem. Contanto que sejam "igrejas", já sabe: O pau come!...
Quanto ao aborto, se esse assunto tivesse realmente a ver com "saúde pública" eu nem daria palpite algum. Cada um sabe o mal que lhe aflige, e realmente não é nada agradável praticar um ato que irá pesar pelo resto da vida como sendo "imoral", "criminoso" ou qualquer outro rótulo ou estigma que possa trazer. Algo deve ser feito imediatamente para que seja preservada a dignidade de qualquer pessoa. Mas legalizar o aborto da maneira como está sendo feito é um erro, uma ironia, um golpe.
Vejam que agora o SUS já faz cirurgia para mudança de sexo, sem problema algum. Ótimo para quem tinha ou tem problemas com isso.
Mas para fazer cirurgia de varizes, por exemplo, eles não fazem "da primeira vez"... (Ou seja, se não fazem "da primeira", não há como fazer "da segunda", não é mesmo?).
Está-se facilitando coisas supérfluas e dificultando certas coisas realmente valiosas.
É bom notarmos que um país é o reflexo do valor que um povo possa ter. Quando os valores sociais de um povo são anulados, isso é sinal de um país em vertiginoso declínio.
Já podemos perceber os primeiros sintomas, à medida em que o brasileiro já não se dá mais valor algum.