Teixeira
(usa Linux Mint)
Enviado em 06/10/2010 - 12:56h
Já existe pelo menos uma igreja evangélica (não me lembro do nome, mas está no YouTube) onde há pastores gays e é celebrado normalmente o "casamento" entre pessoas de mesmo sexo. Essa igreja já tem essa orientação de atender àquele público em especial (GLBT).
Perante o evangelho isso é uma solução paliativa, e perante e lei, é uma farsa.
Solução paliativa porque cada igreja tem o direito constitucional de praticar SUA própria doutrina sem interveniência do Estado, desde que não esteja cometendo nenhum crime ou contravenção - mesmo que em desacordo com os evangelhos. As demais igrejas dificilmente aceitarão tal doutrina, embora possam surgir outras voltadas pela o mesmo público. Afinal, o mandamento do Mestre é anunciar o evangelho a TODAS as criaturas.
O Estado brasileiro é laico, porém de orientação historicamente cristã.
O fato de ser laico significa principalmente que o governo brasileiro não é regido por nenhuma denominação religiosa em especial (como acontece em alguns outros países onde os líderes religiosos é que ditam a política nacional).
Entretanto, os governantes brasileiros têm o DEVER de zelar pelos valores cívicos e morais constituídos ao longo da história do país. E é exatamente para cumprir ESSA finalidade que existem as leis. Ou deveria ser.
Por que as igrejas cristãs "têm o dom de separar famílias"?
Nas próprias palavras do Mestre isso estava previsto.
As pessoas se acomodam em seus pensamentos e não aceitam certas verdades, por mais evidentes que sejam (por exemplo nós, que lidamos com open source, diariamente esbarramos com pessoas que não o aceitam de forma alguma, pelos motivos mais furados que se possa imaginar, preferindo gastar rios de dinheiro ou ainda viver na pirataria, com seus PCs lentos ou cheios de malware, ou seja, não querem perceber o que para nós é mais que óbvio - e "têm raiva de quem percebe").
Diante do Evangelho é a mesma coisa. As pessoas dificilmente o recebem com naturalidade e imparcialidade. Pelo contrário, acham que o Evangelho é algo que os vai tirar da "boa vida" da inércia espiritual. e portanto é visto como uma "ameaça".
Muitos de nós evangélicos somos culpados desse fenômeno. porque o mestre nos mandou "anunciar que é chegado o reino dos céus" (significando que Deus está acessível agora a todos nós), porém nos ocupamos em apontar pecados e faltas dos outros, e em anunciar o fim do mundo. Mas não é essa a nossa missão.
Marina vai para o segundo turno, e realmente não tem grandes chances de ganhar a eleição. E mesmo se ganhar, assim como todos os outros presidentes que a antecederam, vai ter de fazer associações com pessoas indesejáveis, vai ter de engolir muitos sapos, vai ter de fazer muitas coisas a contragosto, algumas pelas quais ficará estigmatizada pelo resto da vida. Política e politicagem são assim mesmo.