Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

73. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Xerxes
xerxeslins

(usa openSUSE)

Enviado em 04/05/2013 - 20:38h

Há um forte motivo religioso por trás desse projeto.

Podem tentar disfarçar com outros argumentos, mas o motivo (pelo menos o principal) é o religioso.

A questão que me vem é: os religiosos tem o direito de impor suas crenças à sociedade?

É verdade que a lei não obriga ninguém a querer mudar sua orientação sexual, mas ela relega a homossexualidade ou o homossexualismo à condição de doença tratável. Um retrocesso.

Em 1990 a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial de Saúde. Mas antes disso o Brasil independentemente deixou de considerar homossexualismo como doença em 1985!

Existe uma pressão religiosa que faz o indivíduo homossexual se sentir culpado e sujo por ser ele mesmo. Pressão social, familiar...

Essa lei que permite tratamento psicológico é um tanto estranha. Não é algo novo, no entanto.

Spitzer, um psiquiatra, tinha um programa de "cura". Em determinado momento de sua vida ele pediu desculpa e admitiu estar errado. Os "pacientes" tiveram um alto índice de problemas como depressão, suicídio, transtornos de ansiedade, impotência e outros.

E quando lemos alguém falando positivamente sobre sua "cura" percebemos logo que trata-se de um religioso que aparentemente está mais preocupado com a sua imagem perante os seus do que com a verdade. Mas não sou ninguém para julgar.

Um pastor disse que foi curado, e é um ex-gay. Mas numa entrevista acabou dizendo "O pastor é humano. Claro que eu tenho medo de recaída. Eu não posso ficar junto de um homem muito tempo porque a carne é fraca"

Estaria esse homem realmente "curado"? Ou será que apenas está reprimindo sua natureza?

Há muito argumento religioso contra o homossexual e é isso que motiva uma lei como essa.



  


74. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 05/05/2013 - 01:41h

Rei Tenguh escreveu:

1- Não julgo por matérias "corriqueiras", sou assinante do Estadão e acompanho essas notícias de seu começo. Não estou julgando baseando-me em 2 minutos de matérias, não. Sabe-se que ele tá sendo "financiado" pelo Bolsonaro desde a pré-candidatura, ou foi esquecido?


Sabe-se? Eu não sabia de financiamento algum. E, para mim, não faz o menor sentido. Eles são de estados diferentes, de partidos diferentes e de religiões diferentes. E, se a questão for dinheiro, Feliciano tem condições de captá-lo em sua igreja muito melhores do que depender de Jair Bolsonaro. Seria mais plausível se fosse o contrário.

Depois da sua acusação, eu procurei na Internet e não achei nada parecido em lugar algum. Se tiver uma fonte confiável na qual eu possa atestar esse financiamento desde a pré-candidatura, por favor, indique. Lerei com afinco.

Contudo, o mínimo que eu poderia esperar do deputado Jair Bolsonaro seria o apoio à manutenção de Marco Feliciano na presidência da CDHM. Não vejo problema algum nisso e, aliás, respeito sempre o agir coerentemente, mesmo quando repudio a ideologia à qual a pessoa é fiel. E possivelmente será, de minha parte, o caso de respeito apesar de repúdio, em lugar de respeito puro e simples, se o apaio do deputado Bolsonaro se der por imaginar que Feliciano é anti-gay, anti-negro ou coisa parecida, em lugar de apenas querer que se respeite a institucionalidade da sua condução à presidência da CDHM e o seu direito constitucional a ter opiniões próprias e expressá-las, ainda que soem absurdas.

E sim, você está julgando com base em desinformação, ainda que essa desinformação tenha sido adquirida nas páginas do Estado de S. Paulo. E é facílimo mostrar isso: basta você ler o texto do projeto de decreto legislativo 234/2011, do deputado João Campos (disponível, na íntegra, em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=881210&filename=PDC+234/2011..., e ver que ele não contém nada parecido com "cura gay". Atribuir tal pecha a um projeto com o teor da PDL em questão é pura MENTIRA ideologicamente ou militantemente orientada.

O mais assustador, no entanto, é ver que uma gritante mentira como essa tenha passado pelo crivo editorial de praticamente todos os veículos de comunicação (eu não li o Estadão, mas li a mesma mentira na Folha de S.Paulo, em O Globo e no UOL). Assumindo que todas tenham se pautado por uma mesma agência de notícias, temos um caso grave de descuido. Se todas produziram a mesma porcaria pela mão de jornalistas independentes, estamos diante do escândalo manifesto de que a imprensa está controlada por uma linha de pensamento uniforme, empenhada não em informar, mas em promover sua agenda ao custo de suprimir do leitor a verdadeira mensagem.

(Em tempo: não tenho objeção a que veículos de comunicação tenham linhas de opinião. Contudo, que sejam claros a esse respeito disso para com seus leitores. E, principalmente, que tenham a coragem de defender seu pensamento num debate aberto, sem usar do expediente da mentira deliberada; que sejam competentes em persuadir, não em enganar.)

2- Não mudei minha idéia sobre a causa do soifrimento em relação a doença. Eu disse é que a doença que causa sofrimento é outra: é a necessidade de ser "acerito". ISSO é doença, ISSO é patologia psiquica. Se a pessoa sofre por não aceitação, ela "se cura" é aprendendo a mandar a opinião dos outros pra casa do chapéu, e não "se curando" de sua própria natureza. E esse o atual caminho da medicina psicológica (porque a sua função é curar doenças e não doutrinar filosoficamente)


Citando sua primeira postagem, você disse, literalmente, isto: "Algo é considerado "doença" quando causa sofrimento e/ou degeneração nas funções naturais que o indivíduo necessita para uma vida diária e social de qualidade." Está claro como água limpa que você vinculou a existência de doença à pura e simples existência de sofrimento, sem entrar no mérito de eventuais causas.

Quem trouxe à baila o sofrimento e suas possíveis causas, justamente para apontar que você estava sendo perigosamente leviano em suas opiniões, fui eu, não você. E eu chamei a atenção que uma das possíveis causas de sofrimento seria o conflito do indivíduo consigo mesmo. A sua proposta de cura, de "mandar para a casa do chapéu", funcionaria como, nesse caso?

Das duas, uma: ou você não está sabendo se expressar, ou pelo menos uma parte das "certezas" que você trouxe a esta discussão está mal embasada, e mereceria, para seu próprio benefício, uma revisão.

Ademais, não existe prova alguma em lugar algum de que homossexualidade seja uma condição natural. Há somente opiniões e correntes de opiniões, cada uma com seus argumentos melhores e piores, e diferentes correntes têm prevalecido ao longo do tempo.

Tenho a percepção de que os gays militantes mudam de discurso conforme a situação (e acho isso absolutamente deplorável e intelectualmente desonesto, já que, como disse acima, respeito muito a coerência, mesmo de quem discorda de mim). Para fins de propaganda, na maior parte do tempo propagam a ideia de homossexualidade como condição natural e irreversível. No entanto, sendo pai de criança em idade escolar e, portanto, interessado no teor das políticas de educação e discussões sobre sexualidade infantil, noto primeiramente o interesse ferrenho que os movimentos de militância homossexualista têm pelos mesmos assuntos. E mais: a forma de abordagem do tema por alguns desses grupos me leva a crer que, mais do que promover a aceitação, existe uma linguagem que sugere, na hipótese mais virtuosa, que a homossexualidade seria uma escolha (na menos virtuosa -- e condenável --, que poderia ser imposta).

Particularmente, não me alinho com a corrente predominante da natureza imutável. Acredito que a homossexualidade é uma condição adquirida, quer por escolha, quer em função de algum trauma (incluindo abuso infantil, geralmente perpetrado na escola ou no próprio seio da família). E, sendo adquirida, poderia, em tese, ao menos, ser revertida.

Até que alguém apresente irrefutavelmente o tão-falado (e desejado justamente pelos homossexuais que provavelmente têm, no fundo, mais dificuldade em aceitar-se como tais) "gene gay", ou mesmo alguma conformação cerebral que inexoravelmente faça um homem ter atração por outro homem e uma mulher por outra mulher, não vejo qualquer motivo para converter-me à corrente majoritária. Mas mesmo que essa corrente estivesse correta em sua hipótese, ainda existiria um salto qualitativo e quantitativo muito grande do imutável para o incontrolável e irrefreável.

3- Se mais alguém escrever que um gay pode "se curar" se quiser, acho que vou vomitar. Pode deixar de ser gay se quiser, mas "curar" é termo usado em relacão a coisas que a OMS considera doença. Não dá pra "curar" o que tá saudável.


Ao longo dessas sete páginas que o tópico já tomou aqui no VoL, só você e mais uma pessoa falaram, quase sempre negativamente, sobre o tema "cura" (sendo que essa outra pessoa só escreveu uma postagem, e colocou a palavra "cura" entre aspas, numa única linha). Suas próprias palavras lhe dão ânsia de vômito?

E quem foi que fez da OMS um ente superior da razão? Não bastasse ser esse órgão político antes de ser técnico -- como, aliás e infelizmente, quase todos os órgãos de estudos, fiscalização e normatização, incluindo, é claro, o CFP -- quem disse que tudo o que não consta na tabela da OMS é saudável? Você realmente crê nisso?

4- Quanto ao absurdo do cargo em questão: pra resumir, é como deixar um pedófilo cuidando de um jardim de infância. Depois não pode reclamar do que pode acontecer.


Por quê? Gostaria muito se você, com a mão na consciência, pudesse justificar tal opinião de um modo articulado, sem recorrer a chavões, falácias ou argumentos que sejam, eles próprias, frutos de mero preconceito contra a pessoa ou contra a fé que essa pessoa esposa.

Na verdade, todas as discussões sobre nomes, números e definições têm por base algo muito muito simples: outra vez e como sempre a farda e a arma usam o crucifixo como bandeira para "maquinização" do que é humano e, por isso, complexo e incontrolável.
O caminho (novamente e como sempre): a destruição de tudo o que não cabe em respostas mentirosas e simplistas, tudo o que não caiba em uma única frase ou uma única lei.


Destruição de quê, meu caro? Nenhuma lei nova está sendo instituída, nenhum comportamento criminalizado ou recriminado no Direito brasileiro. Não apele você também a uma metafísica da mentira e da difamação para ignorar os fatos concretos.

Com relação à menção depreciativa ao crucifixo, faço-lhe a seguinte pergunta: um cidadão brasileiro cristão eleito para o parlamento deve ter liberdade menor para legislar de pleno acordo com sua consciência do que um brasileiro ateu, ou um brasileiro flamenguista, ou um brasileiro de ascendência africana, ou um brasileiro homossexual?

E desde quando o humano -- que é, sim, complexo -- é necessariamente incontrolável? A vida em sociedade seria impossível se cada um de nós não controlasse, pelo menos na maior parte do tempo, os múltiplos aspectos de nossa complexidade.

E você está mal-informado (de novo) sobre a percepção cristã acerca do homem. Simplista, reducionista ou negadora de sua complexidade é das últimas coisas de que alguém a poderia classificar, se a conhecesse minimamente bem.

Mas eu sinto muitíssimo em informar ao meu próprio ego e suas necessidades ilusórias de que eu NÃO sou mais "saudável" do que é diferente de mim, e que o que é diferente de mim não é "doente" por causa disso. Que pena, eu sou só igual a todo mundo... não sou uma criaturazinha mais especial 'pros Deuses' que outro QUALQUER, nem mais nem menos "saudável". Ó vida cruel.


Claro. Você não é melhor do que ninguém mas, de acordo com suas próprias palavras:

- homossexuais têm distúrbios biológicos (mas não doença, claro, que é coisa muuuuuuuuuito diferente);
- você que, pelo que entendi, não sofre de tal distúrbio, não é mais saudável do quem sofre (então por que a condição é chamada de "distúrbio", em lugar de tão-somente, sei lá, "característica"?);
- religiosos, principalmente cristãos, são simplistas e mentirosos (mas você, que atribui pechas a pessoas, e posta neste fórum um desagravo a um projeto de decreto legislativo cujo real teor claramente desconhece, e faz dos tachamentos que fez à pessoa, que não é sequer o autor do tal projeto, o melhor, se não único, argumento contra ele, não está sendo simplista nem incorrendo numa mentira).


75. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 05/05/2013 - 14:00h

"Citando sua primeira postagem, você disse, literalmente, isto: "Algo é considerado "doença" quando causa sofrimento e/ou degeneração nas funções naturais que o indivíduo necessita para uma vida diária e social de qualidade." Está claro como água limpa que você vinculou a existência de doença à pura e simples existência de sofrimento, sem entrar no mérito de eventuais causas."

Pelo amor de Deus, o questionamento todo, a partir de colocação sua,era a causa do sofrimento, dizendo você que estava no fato de ser gay. E eu disse que é outra doença: a necessidade de aceitação.
Está claro como água limpa que você andou lendo técnicas baratas de argumentação ("Aquele cara" estudado nos cursos de Direito, que todo mundo sabe que paga pra outros fazerem e ficar com os créditos?), que sempre inclui tirar uma frase de seu contexto na esperança de alterar sua colocação - famosíssima pelo uso por dominações religiosas.
Ou estamos analisando fatos (homens conversando) ou jogando conversa fora (garotos brincando de biblioteca)?

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A ligação entre os de partidos e estados diferentes está onde sempre esteve a ligação do fascismo com o fundamentalismo religioso: nos motivos (o mesmo âmbito onde a ligação sempre existiu, em qualquer lugar e qualquer tempo do mundo).

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Sim,é diferente distúrbio de doença. DISTURBIO tenho eu, que tenho um desvio de cepto que ninguém percebe se eu não falar; e DOENÇA tinha minha tia que morreu de metástasde no câncer. É sim muuuuuuito diferente.

E outra coisa que é muuuuuito diferente é eu dizer "eu considero disturbio" (opinião pessoal) e "é doença" (conclusão científica).

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A questão do "crucifixo" não posso lhe falar sobre "o cidadão brasileiro" do "cargo tal" porque miha colocação não foi sobre isso, foi o lugar histórico e recorrente que tem como "bandeira" de ideologias facistas (a ligação entre homens diferentes de partidos e estados diferentes, lembra?)

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O "porque" com "argumentação articulada": o cara considera o homossexualismo uma doença, e os homossexuais fazem parte das "minorias" que mais precisam da atuação dos diewreitos humanos em seu favor. Precisa-se de tabta "articulação verborrágica" pra isso como pra explicar porque que 2 + 2 são 4. (ou seja: vai da capacidade do ouvinte)

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Quanto a "destruição": trocar o termo "punição" pelo termo "tratamento" já era ridículo desde antes de os nazistas fazerem isso oficialmente e em âmbito nacional. Já ewra ridículo desde a idade média, quando era usado pela Igreja.

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Não disse que cristãos são simplistas e mentirosos, disse que o FUNDAMENTALISMO religioso é simplista e mentiroso. E é.
(não faz idéia de como sou "fã" da vida e das idéias do famoso barbudinho de Nazaré...)
Eu coloquei uma postagem sobre ,matérias de jornal, as meatérias fazem relação a uma pessoa, eu transcrevi o vínculo das matérias a pessoa. Não fui EU quem fiz a ligação. Ela e de notoriedade internacional já, se você não notou.

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Vida não é argumento, fí. Palavras "articuladas" não criam realidades, e convencer algém de uma mentira não transforma ela em verdade. Depois de uma vida inteira de filosofia baseada nos "clássicos da literatura", eu tenho uma opinião bem formada: "A [*****] com a elegância verbal dos "intelectuais por METRO de livro".

Agora, as técnicas de argumentação que visam confundir, evitando o mérito da questão pelo questionamento de virgulas e números, que ensinam no pc do b e no pt, guarda pros pobres ignorantes a serem convencido a virarem bucha de canhão de manobra política, "irmãos" ou "cumpanheiros", não pra mim. É ofensivo.

(a tempo: não por eu considerar-me "melhor", mas por realmente lhes faltar informações, por culpa de muitas coisas já mencionadas nesse tópico; só "a tempo" de evitar um texto tirado de contexto pra virar pretexto... putz...)


76. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 05/05/2013 - 14:30h

Comprei a Super Interessante desse mês por conta de uma matéria sobre novas abordagens da medicina no tratamento de distúrbios moleculares, e tinha uma outra matéria sobre o assunto em questão:

Em uma universidade Americana...

Ops... peraê; vai aparecer alguém evitando o mérito da questão com a pergunta "qual foi a instituição pedagógica, e em que dia/mês/ano, e os nomes /credenciais dos pesquisadores envolvidos, por favor?"
Então, deixa eu olhar lá essa coisa insignificante (segundinho)

"Uma manhã comum no departamento de psicologia da Universidade da Georgia"... é assim que tá 'escrivinhado'.

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Então...
fizeram uma pesquisa: dividiram jovens de cerca de 20 anos em dois grupos: um grupo que respondera "sim" pra maior parte de perguntas como "sentiria-se incomodado com um homossexual trabalhando a seu lado?", ou "ficaria bravo se outro homem se insinuasse sexualmente a você, ou acharia engraçado?", ou como "ficaria preocupado de seu filho adolescente conviver com um homo sexual?".,e outras desse tipo.
E outro grupo que respondera "não" para a maioria de perguntas desse tipo.

Colocaram os 2 grupos para assistirem 4 minutos de videos pornográficos, que começavam com homem-mulher, depois iam pra mulher-mulher, e depois pra homem-homem. E colocaram um medidor de borracha com sensor por mercúrio líquido nos pênis de todos, para medir a ereção.

Preciso terminar de contar?

O grupo do "sim" em relação a medos e desconfortos com homo sexuais tiveram um aumento peniano 4 vezes maior. E todos responderam um enfático "não" ao serem questionados sobre isso (o grupo que teve), contra uma maioria absoluta de "eu acho que não" do outro grupo (o grupo que não teve).

O título "científico" da matéria: "Homo Fobia é Coisa de Veado"


77. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 05/05/2013 - 15:35h

Legal, o velho recurso de atacar o seu interlocutor.

Tipo: "Se você não concorda com a minha ideia, você é bobo e feio!"

================

Eu só irei aguardar alguns meses.

Quero ver como vai estar todo esse ativismo quando a TV se cansar desse sensacionalismo todo.

Eu só sei que alguns gays e que algumas poucas pessoas que realmente acreditam na causa gay, vão continuar lutando. Parabéns pra eles, que serão alguns poucos guerreiros.


78. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 05/05/2013 - 15:42h

OFF:
Sim, também faz parte dos mesmos "métodos". Mas tem uma diferença básica, entre a busca do "poder" (ridículo) e a busca da "verdade": na primeira costuma-se atacar a "moral" do argumentador (até Challita já parafraseou Foucoult, e já era uma atitude ridícula antes do primeiro contar em livro, claro), já na segunda mostram-se falhas na argumentação proposta. Os meios: a primeira atua tirando colocações de contextos (ex: procurando "brechas" nas leis), para "desvirtualização", e a segunda sempre só fala do contextos em questão (ex: questionando por que que as ditas leis estão lá). ;)

___________________________

Eu penso, como já deixei subentendido acima, que não é uma "causa gay"; se fosse, eu realmente não me importaria, não teria nada a ver com a minha vida. Mas eu acredito que trata-se de algo maior: a eterna luta da democracia pra manter-se, que é intrínseca a sua natureza (o motivo pelo qual não considero "sensacionalismo").

___________________________

Agora, quer algo que REALENTE pode parecer "sensacionalismo" mas que eu acho seríssimo? Seguinte:
Entre:
- Homofóbico em cargo de direitos humanos...
- Condenados pedindo primeiro limitações ao judiciário (que os condenou) e depois afastamento do ministro presidente do Supremo (que os condenou)...
- Pizza no caso do maior massacre de presos de história ocidental recente...
- Financiamento de 'sextas-básicas' em meio ao estrago de toneladas de soja...

Entre essas e outras, meu "sensacionalismo" tá me perguntando todo dia:
"Vai a "esquerda" dar o golpe primeiro, vão os militares darem o golpe primeiro, ou o multipartidarismo e o Judiciário vão conseguir manter a democracia no meio do fogo cruzado?" E logo depois ele (o meu sensacionalismo) me diz: "Se a mente do povo [atualmente muito próxima a da idade média] tiver qualquer peso que seja nisso, [*****]!"

:/


79. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Perfil removido
removido

(usa Nenhuma)

Enviado em 05/05/2013 - 17:20h

Rei Tenguh escreveu:

OFF:
Sim, também faz parte dos mesmos "métodos". Mas tem uma diferença básica, entre a busca do "poder" (ridículo) e a busca da "verdade": na primeira costuma-se atacar a "moral" do argumentador (até Challita já parafraseou Foucoult, e já era uma atitude ridícula antes do primeiro contar em livro, claro), já na segunda mostram-se falhas na argumentação proposta. Os meios: a primeira atua tirando colocações de contextos (ex: procurando "brechas" nas leis), para "desvirtualização", e a segunda sempre só fala do contextos em questão (ex: questionando por que que as ditas leis estão lá). ;)

___________________________

Eu penso, como já deixei subentendido acima, que não é uma "causa gay"; se fosse, eu realmente não me importaria, não teria nada a ver com a minha vida. Mas eu acredito que trata-se de algo maior: a eterna luta da democracia pra manter-se, que é intrínseca a sua natureza (o motivo pelo qual não considero "sensacionalismo").

___________________________

Agora, quer algo que REALENTE pode parecer "sensacionalismo" mas que eu acho seríssimo? Seguinte:
Entre:
- Homofóbico em cargo de direitos humanos...
- Condenados pedindo primeiro limitações ao judiciário (que os condenou) e depois afastamento do ministro presidente do Supremo (que os condenou)...
- Pizza no caso do maior massacre de presos de história ocidental recente...
- Financiamento de 'sextas-básicas' em meio ao estrago de toneladas de soja...

Entre essas e outras, meu "sensacionalismo" tá me perguntando todo dia:
"Vai a "esquerda" dar o golpe primeiro, vão os militares darem o golpe primeiro, ou o multipartidarismo e o Judiciário vão conseguir manter a democracia no meio do fogo cruzado?" E logo depois ele (o meu sensacionalismo) me diz: "Se a mente do povo [atualmente muito próxima a da idade média] tiver qualquer peso que seja nisso, [*****]!"

:/


3 pontos:

1º Ao citar a dita pesquisa dessa Universidade, você diz, não diretamente, mas deixa a entender que se eu não for a favor da causa gay, devo ter tendências homossexuais. Isso na minha opinião, não contribui para a busca da verdade, pois entendo eu que a verdade não é propriedade de nenhum lado, mas sim, algo que os dois lados devem buscar. O que não conseguiremos se eu for chamado de gay por tabela, pois isso só inflama a discussão. Minha opinião pode ser diferente da sua, mas eu jamais vou lhe ofender em momento algum.

2º Importante o seu esclarecimento de que a sua preocupação não é a causa gay, mas uma suposta luta contra uma possível imposição de uma ditadura.

3º Você fala que a mente do povo é próxima a idade média. Quero entender que isso significaria que temos um povo burro e sem consciência crítica.
Ótimo, então você quer salvar o povo de ser escravizado em mais uma ditadura, derrubando o Feliciano. Luciano, você pode conseguir derrubar todo o Congresso, que você não resolverá esse problema. Você só vai se incomodar em vão!
Qual é a solução para isso? EDUCAÇÃO meucom panheiro!
Eu sei que posso estar sendo chato, mas sem educação, um povo não é nada! Para se mudar a consciência política de um povo, é necessário educar uma nova geração, partindo da educação infantil. O político honesto e o eleitor consciente, está em nossas salas de aula, com mais 44 ao lado dele! Com o traficante na portão de saída, com currículos defasados, com professores desmotivados, com políticos atuais fazendo cara feia para liberar qualquer verba e muito mais coisas que não vou falar, porque falar disso é muito sem graça. Pois se não fosse, veríamos mais discussões sobre isso aqui.


80. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Levi Braga
levilinux

(usa Debian)

Enviado em 05/05/2013 - 17:30h

o nome da lei não é cura gay,esse apelido foi dado pela mídia esquerdista e também não vai obrigar nenhum gay a ir no psicólogo pra mudar de sexo ,apenas vai dar liberdade para os psicólogos tratarem OS QUE QUISEREM MUDAR SUA SITUAÇÃO.


81. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 05/05/2013 - 18:26h

Como eu já disse acima, e espero que tenha sido lido: qualquer gay pode deixar de ser gay se quiser e quando quiser, mas a palavra "tratamento" denota "doença", e gays são pessoas saudáveis. Não é "cura".

E a denotação de "cura" deu origem a horrores em manicômios, sob o argumento de "ele precisa". Isso é história recente, não teoria. Houve um motivo para essa abordagem ser tida como "ilegal": pessoas de mente baixa colocavam gays saudáveis sob tratamentos que causavam transtornos psíquicos REAIS e irreversíveis.

Quer "curar" um [*****] de todo o seu sofrimento psíquico (que é o que caracteriza "doença")? Ensine-lhe que o papai e a mamãe eram ignorantes e que ele NÃO é uma aberração da natureza. Chamar de "doença" deixa doente de verdade.

Quanto ao nome dado ao projeto de lei: perdão, eu realmente não poderia saber de onde veio o nome, porque todas as matérias que li mencionavam o projeto como "cura gay"; mas na verdade não atribuí o nome ao criador, apenas fim referência ao ridículo desse nome. Leia-se no final da minha primeira postagem: "Não acredito em uma comédia dessas acontecendo no meu país".

_________________________

Gedimar:

Não quero "derrubar o Feliciano", como se isso fosse um ponto fundamental. Na verdade, acho que o meu outro tópico sobre os questionamentos em relação a maioridade penal é até mais importante que esse. Mas o que foi colocado em "xeque" nessa situação é algoi muito sério:
Levou muito tempo pra acabar com os "tratamentos" desumanos que sempre existiram sobre esses coitados, e o marco do fim dessesd "tratamentos" foi exatamente a proibição de ter-se como "doença"; o que, na verdade, carece de QUALQUER fundamentação científica. Na verdade, se não fosse por muita "vontade", seria risível a idéia de colocar algo como "saudável" ou não por simples conceitualização moral de como as coisas DEVERIAM ser, não?

Mas, como eu disse, acho inclusive o outro tópico mais importante (mas sabia que esse ia dar mais o que falar, porque as pessoas costumam mesmo ter mais medo de um [*****] do que de um assassino)

#

Sim,e volto a frisar: tô c*g*n*o pros coitados: minha preocupação é com uma mentalidade que em sua natureza é o extremo-oposto da aceitação de diferenças necessária a democracia, e justamente em um ponto temporal onde essa democracia está sendo posta em xeque.

#

Sim, é verdade. Relendo a postagem, notei mesmo que ficou com essa conotação de que "quem não é a favor é veado reprimido", e não foi a intenção. Perdão. Não mencionei que a matéria terminava falando exatamente sobre isso: que não é toda homofobia que caracteriza negação da própria homossexualidade, existe também, a homofobia advinda de educação parental. (É quando quem deveria ter sido "curado" de sua negação da própria homossexualidade não é o homofóbico em questão, que é hétero sexual DE VERDADE, mas sim o papai ou o vovô dele, que seria as bicha reprimida)

Mas a primeira (a dos que deveriam ter sido "curados" de suas preocupações com os outros e assumido que eram veados já desde a adolescência, pra não viverem em inferno psicológico e serem violentos com outros gays), tem por característica a violência e a exaltação de ânimos.



82. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Luciano
Rei Tenguh

(usa Arch Linux)

Enviado em 05/05/2013 - 19:54h

Peço que os interessados no assunto atentem-se a umas poucas palavras:

Estava agora tomando banho, e imaginando que talvez fosse bom eu sintetizar minhas opiniões sobre isso de forma figurativa, em meio a tanto vai-vem. E comecei a rir me lembrando da primeira vez que esse assunto mexeu comigo. Eu era criança, beirando os 8 ou 9 anos, eu acho; estava esperando na frente de um restaurante maus tios e pais saírem, e vi dois homens se beijando. A sensação de "nojo" foi imediata, as duas barbas se encostando, arrrgggghhh... foi o fim, o mundo desabou.

Daí eu fiquei muito tempo me perguntando da onde que vinha aquele "nojo", e cheguei a uma conclusão: o instinto sexual, lá no meu âmago, estava totalmente ligado a imagem feminina (graças aos céus, se me permitem); quando um macho tomou o lugar do que deveria [pra mim] ser uma mulher, eu senti algo mais ou menos como: "mas tiraram toda aquela beleza e delicadeza e colocaram um macaco como eu no lugar? Saaaaai fooora!"
Bom. E teno a impressão de que se uma mulher hétero sexual ver duas mulheres se beijando, vai sentir o mesmo tipo de coisa: "Mas tiraram toda aquela virilidade e colocaram uma florzinha como eu no lugar? Saaaaaai foooora!".

Mas só acontece é que a natureza fez outras possibilidades também: fez também homens cujos hormônios reagem com o mesmo sentimento que eu descrevi a uma mulher, e exstem mulheres cujos hormônios reagem da mesma forma que eu descrevi a mim mesmo e a qualquer homem [hétero sexual]. Genética? Educação? Vai saber! Sei é que NÃO caracteriza doença, por nenhum sentido sério que se possa dar as expressões "doença" e "saúde", e sei que a liberdade de ser é mais importante pra qualquer semelhante meu do que eu entender ou não porque os hormônios de outra pessoas funcionam de forma diferente dos meus. E ISSO - a liberdade de ser - tem de ser garantido pelo Estado sob todas as formas possíveis (ao limite de ações agressivas de pessoas contra pessoas), assim como a saúde (no sentido sério, e não no achismo filosófico/religioso) é que tem de ser realmente defendida pela medicina.

Estão propondo o contrário: que a medicina saia do seu princípio de curar DOENÇAS em prol de visões pessoais de mundo, e que o Estado utilize dessa aberração como forma a permitir o questionamento do direito de SER. Ou seja: o completo caos, a volta a idade das trevas.


83. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Paulo
paulo1205

(usa Ubuntu)

Enviado em 06/05/2013 - 19:46h

Rei Tenguh escreveu:

"Citando sua primeira postagem, você disse, literalmente, isto: "Algo é considerado "doença" quando causa sofrimento e/ou degeneração nas funções naturais que o indivíduo necessita para uma vida diária e social de qualidade." Está claro como água limpa que você vinculou a existência de doença à pura e simples existência de sofrimento, sem entrar no mérito de eventuais causas."

Pelo amor de Deus, o questionamento todo, a partir de colocação sua,era a causa do sofrimento, dizendo você que estava no fato de ser gay. E eu disse que é outra doença: a necessidade de aceitação.


Em nenhum momento eu disse que estava no fato de a pessoa ser homossexual, mas num conflito interno sobre cujas causas eu não entrei em detalhes, inclusive abrindo para elas diversas possibilidades. Vinculadas tais causas, de algum modo, à homosseualidade? Sim, claro, dado o contexto da discussão, mas de modo algum colocando a homossexualidade em si como causa primária.

Em todo caso, essa discussão só ocorreu porque você mesmo levou o assunto para esse lado. Em minhas primeiras intervenções. as únicas coisas que eu queria que você compreendesse eram tão-somente as seguintes:

1) Ao contrário do que título do tópico proposto por você faz parecer, o projeto de decreto legislativo não foi criado pelo deputado Feliciano, e sua tramitação já estava aguardando apreciação pela CDHM.

2) Também ao contrário do que o título do tópico leva a crer, não existe nada parecido com cura gay entre os objetivos nem efeitos do tal projeto. O texto do decreto mantém INTOCADAS todas as proibições e restrições impostas pela Resolução 1 de 1999 do CFP aos psicólogos referentes a tratamentos coercitivos e a atitudes de "patologizar" (i.e. considerar por sua própria conta como doença aquilo que não o CFP não autoriza) comportamentos sexuais.

Esses dois pontos não são matéria de opinião, mas fatos que você poderia ter constatado por conta própria se tivesse dedicado cinco meros minutos a ler o texto do projeto, para o qual eu até indiquei o link. Por mais que você confie no Estadão, tenho certeza de que a fonte primária (i.e. o texto do decreto) é uma base melhor para sua análise do que o texto do repórter desse jornal, que já embute um juízo de valor e, mais que isso, uma informação que você mesmo poderia constatar ser falsa.


84. Re: Projeto do Feliciano: "Cura Gay"

Alberto Federman Neto.
albfneto

(usa openSUSE)

Enviado em 06/05/2013 - 20:07h

Os profissionais de Psicologia, não consideram mais como doença, porque não é.

Também ao contrário do que o título do tópico leva a crer, não existe nada parecido com cura gay entre os objetivos nem efeitos do tal projeto. O texto do decreto mantém INTOCADAS todas as proibições e restrições impostas pela Resolução 1 de 1999 do CFP aos psicólogos referentes a tratamentos coercitivos e a atitudes de "patologizar" (i.e. considerar por sua própria conta como doença aquilo que não o CFP não autoriza) comportamentos sexuais.


a "proibição jurídica" de considerar doença ou não, não faz sentido..., ela é por sí preconceituosa...
Os psicólogos não são assim, eles são Profissionais... tratam quem QUISER "ser" ou "não ser", desde que a pessoa esteja "grilada" com sua orientação sexual... e não consideram doença...

preconceituoso é ele... o Feliciano... ELE CONSIDERA doença...

um "projeto de lei" disso... não faz nenhum sentido, é uma bobagem, irrelevante,

queira ou não queira o Homosexual ir ao Psicólogo, este não vai tratá-lo como "doente"!

tem de fazer projeto de lei prático, bom, para melhorar muito a saúde pública, do gay e e do hétero, do pinco e do sinfrônio...

projetos de leis bons, para que a população seja atendida com presteza e dignidade, e não morra mais na fila de espera do posto de saúde, independente de que seja ou não. Minha prima é dentista. ela trata todos, do gay à garota de programa,,,, a profissão, a classe social, a orientação sexual, são irrelevantes...

a própria Comissão da Minorias! Irrelevante! é para "diminuir o preconceito contra as minorias"? e "botam" justo o feliciano lá! Ora Bolas!

Nobre Deputado, o Sr é Legislador, faça projetos realmente úteis ao País e à População...






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